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Uns Expulsos da Escola de Malandragem; Outros…

Detesto celular, gente falando ao celular, gente hipnotizada por celular, como já deu para perceber.

Mas ouvi coisa engraçada que um sujeito disse ao celular no meio da manhã de hoje.

– Ih, esse papo dele…   Da escola em que ele estudou malandragem, eu já fui expulso várias vezes.

Talvez se trate de expressão/gracinha conhecida, mas eu ignorava.  De qualquer forma, é  ótima.

A respeito de expulsões por extrapolar demais,   o ator Paulo César Pereio, teria dito, talvez brincando, que é  o único sujeito  expulso de uma suruba por mau comportamento.  O jeitão dele deixa dúvidas se estava brincando ou se aconteceu de fato.

Ênio Gonçalves – Duas Historinhas

O ator Ênio Gonçalves morreu ontem.  Sempre bom lembrar de histórias divertidas de quem parte.  Lá vão duas dele.

Na peça Alice que Delícia, muitos anos atrás, assim que ele entra em cena, pensei:

– Eu o conheço de onde?

No intervalo, consultei o programa da peça para tentar descobrir.  A dúvida me acompanhou a peça inteira.  Era um domingo.  Deixei minha amiga em casa e passei pelo lendário  Pirandello, na Augusta.  Um conhecido e uma conhecida me convidam para eu me sentar à mesa deles e perguntam de onde estava vindo.  Disse que fora ao Teatro, peça Alice que Delícia.  Os dois, ao mesmo tempo, me perguntam se eu não havia observado nada curioso.   Disse que não.   Ele:

– Paulinho, eu sou o ator principal.

A história seguinte é bem mais divertida, está no livro do Mário Prata,  Meus Homens e Minhas Mulheres, diversos casos curtos  que o Prata  escreve sobre seus amigos.  O escritor, a Namorada, Ênio e amiga da namorada do Mário foram passar um fim de semana juntos.  Havia apenas dois quartos.  Em um deles, ficaram Mário e a Namorada.  No outro, Ênio e outra mulher.

Mário fala para a namorada:

– O Ênio vai comer sua amiga.

A mulher:

– Imagina, minha amiga é super careta.

Mário:

– O Ênio vai comer sua amiga.

Para acabar com a discussão, decidem apostar uma garrafa de uísque.

Dia seguinte, a namorada do Prata levanta-se, bate um papo com a amiga, volta para o quarto deles  e diz:

– Mário, te devo três garrafas de uísque.

Mulheres aí no Céu, atenção!!!

Boa Educação à Moda Clássica

Tenho um orgulho: de não dever qualquer agradecimento ou  telefonema a quem quer que seja.   Alguém me faz um favor, agradeço.  Sou convidado para algum lugar; se não puder ir, telefono, agradeço e   aviso que não vou.

Já vi e soube de muita gente que recebeu favor, presente e não agradeceu.  Aí, encontra na rua, ou em qualquer lugar  o que lhe fez o favor, deu o presente e diz:

– Foi bom mesmo encontrar você.  Eu queria agradecer o favor que você me fez…

Engraçado, para pedir, telefonou.  Para agradecer, precisou encontrar na rua!!!

Levo isso muito a sério.  Uma vez amigo do meu pai me recebeu muito gentilmente e proporcionou aproximação com outro conhecido seu com quem precisava conversar.  Agradeci.  Alguns anos depois, fui para Cuba.  Esse amigo do meu pai gostava de charutos.  Trouxe-lhe uma caixa.   Ele disse que eu era um sujeito encantador.  Na verdade, sou apenas uma pessoa grata.

E assim, vou tocando, sempre nessa toada.  Minha irmã até brinca com  minha disciplina e diz:

– O Defunto ainda está quente e o Paulo já tá lá.

Agora, convite pelo Facebook…  Se me interessar, vou.  Caso contrário, ignoro.

Retomando a observação da minha irmã.  Estava próximo ao Hospital Albert  Einstein há vários anos e me lembrei de que o pai da minha amiga, aliás eu era amigo da família toda,  lá  se internara.  Fui visitar.  Ao perguntar por ele, sou informado de que estava no necrotério do Hospital.  Não tive dúvidas, fui para o necrotério.  Perder a viagem é que eu não ia perder mesmo.  Estavam apenas a esposa e uma nora do falecido.  Disse para elas  que havia ido para uma visita, e soube do falecimento ao chegar.  Perguntei se precisavam de alguma coisa de ordem prática.  Naturalmente, mais tarde voltei para o velório.   Mas ao sair do necrotério, ria lembrando-se da minha irmã.  Dessa vez, literalmente, o defunto estava quente eu já tava lá.

Repito,  já convite pelo facebook….

 

Mário Sérgio Conti deixa o Comando do Roda Viva – Caso Curioso

O brilhante Mário Sérgio Conti, meu colega desde o primeiro dia de aula na USP,  vai deixar o comando do Programa Roda Viva da TV Cultura, informa a Folha de S. Paulo de ontem.

Às vésperas de ele assumir o cargo, postei aqui episódio interessante, envolvendo o Mário e outra jornalista famosinha.  Reproduzo novamente.

Lá vai:

O jornalista Mário Sérgio Conti assume o comando e apresentação  do programa Roda Viva da TV Cultura ainda este mês. Estudei na mesma classe que  ele na Escola de Comunicações e Artes da USP durante  o curso inteiro de jornalismo.  Todos os colegas e professores  o admiravam muito pela sua cultura e generosidade.

Alguns anos depois de formado, episódio  engraçado envolvendo o Mário.

Quando trabalhei na Secretaria de Imprensa do governador Franco Montoro,  jornalista, que hoje é meio famosinha,  me diz que era da Revista  Veja.  Para ser simpático,  respondo:

– Eu estudei com o Mário Sérgio Conti que acabou de ir para a Veja.  Ele é o cara mais preparado e culto que eu conheci.

Metida, ela deu de ombros e, pela cara, pensou algo do gênero: “o que é que esse cara da assessoria de imprensa do governador entende sobre o que é ou não um sujeito culto???”

Quando falei isso, o Mário era repórter e ela, editora assistente.  Dois meses depois, o Mário já ocupava o mesmo cargo que ela.  Quatro meses depois, o Mário virou chefe dela.  Menos de um ano  depois, ela me diz:

– Aquele cara que você falou que é um gênio, o Mário Sérgio…

Interrompi.

– Nunca  disse que ele  é um gênio.  Falei  apenas que é o cara mais culto e  preparado que já conheci.

Ela continuou:

– Pois o que ele é mesmo é um filho da …

Limitei-me a um:

– Ah é.!

Não perguntei e nem falei coisa alguma.

Pelo que se sabe,  o Mário demitiu a moça,  entrou de férias e quando voltou, voltou em outra editoria.

Quando foi demitida, a moça “muitississimo” provavelmente deve ter se lembrado do que eu falei e que ela deu de ombros.

Infelizmente não mantive muito contato com o Mário depois da faculdade.  Entretanto, pouco tempo se passou e me encontrei com ele na Editora Abril e contei-lhe o episódio.  Ele riu.

Aliás, também me encontrei com a moça depois de tudo isso em um restaurante ou bar e ela foi muito simpática, sorridente e me cumprimentou com beijinhos.

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Sucesso ao Mário em suas novas Empreitadas e que possamos todos continuar a  usufruir do seu talento

Parada Gay – Historinha Engraçada

Véspera da parada gay,  dia de contar historinha engraçada que aconteceu comigo.   Todo ano eu repito aqui no Boca.

Lá vai:

Parada Gay, alguns  anos atrás. Desde a primeira, fui a algumas edições. Som legal, muita alegria e, além de tudo, não custa nada prestigiar. Lembro-me quando queriam bater o récorde mundial de público. Além do som, havia a meta a ser cumprida. Fui até mais para fazer número e ajudar no récorde, que acabou mesmo sendo batido.

Pois bem, em uma das vezes, de dentro do carro, perto da Rua Cubatão, onde, segundo meus cálculos, deveria estar a marcha naquele momento, pergunto para um grupo de gays que vinha caminhando se o pessoal ainda permanecia pelas redondezas. Eles me informam que a marcha já devia ter chegado ao ponto final, na República, onde seriam encerrados os festejos.

Pensando em voz alta, lastimo. Um deles consola:

– Não desiste, não. Corre lá, quem sabe cê ainda não arranja um namoradinho!!!

Divertindo-me muito, nos dias seguintes, contei para todo mundo o episódio.

Ansiedade Mata e o Pão na Chapa Fica Frio!!!

Há pouco, mulher, ao meu lado,  no balcão da Padaria Nova Charmosa nas Perdizes( a melhor padaria do Mundo), pediu dois sucos de laranja e dois pães com manteiga na chapa.  Achei curioso ela querer  tudo ao mesmo tempo e me lembrei de piada excelente.

Sujeito ia com freqüência a um bar e pedia sempre quatro pingas.  Colocava uma em cada lugar da mesa e bebia as quatro.  Depois de algum tempo, o garçon, intrigado com a coisa, pergunta porque ele bebia sempre daquela forma.  O freguês explica que antes  bebia  com três amigos:  um casou-se;  outro mora  fora do Brasil e, finalmente, um morrera.  E sempre pedia as quatro pingas e tomava todas, uma a uma.  O garçon servia e observava.  Um dia,  o freguês  pede três pingas e toma todas as três.   Contente, o Garçon já vai logo comemorando com ele:

– Que bom, certamente seu amigo voltou do exterior e vocês já estão bebendo juntos novamente.

O freguês:

– Não, não é nada isso.  É que eu parei de beber!!!

O caso da mulher de hoje.  Ela toma apenas um suco e come só um pão na chapa.  Não perdera qualquer amigo, a mulher era apenas ansiosa.  E, óbvio, ficou tentando localizar o amigo retardatário  pelo celular.  Ele  chegou 20 minutos depois, comeu pão na chapa frio e bebeu suco de laranja sem o frescor do tirado na hora.  Aliás, deixou tudo pela metade.

Beto, jovem e irreverente ator que frequentava o Pirandello, dizia que  ansiedade dá  câncer no saco e eu completava que também causa  câncer ginecológico.

Coitada da moça da padaria…. Deve tá óh…

Eu não Consigo Entender sua Lógica (2)

Na verdade, este texto seria o Eu não Consigo Entender sua Lógica 1, porque aconteceu antes de eu ficar completamente encafifado como é que pessoas humíldes, e até moradores de rua, falam  ao celular indefinidamente.

Ela era mulher   bonita, agradável, super educada.  E como elas gostam de cafajestes, o namorado era um bonitinho vulgar e bem tosco.

Aconteceu quando e Roberto Carlos e Caetano encantaram com a música Muito Romântico.  Um dos versos diz:  eu não consigo entender sua lógica.

Voltando à minha amiga e ao bonitinho vulgar, a cada barbárie cometida por ele,  durante o fim de semana que passamos juntos, eu sorria para ela e cantarolava:

– Eu não consigo entender sua lógica…

Acho que cantarolei mais de quinze vezes, já que a tosquice do moço era mesmo bem privilegiada.

Lá pelas tantas,  alguém comenta algo sobre a mãe da moça e o rapaz.  Ela esclarece que ainda não o  havia apresentado para a família.

No mesmo rítmo da música sapequei:

– Já consegui entender sua lógica…!!!

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Quiser ouvir mais uma vez ou conhecer a Música Muito Romântico do Caetano, interpretada por  Roberto Carlos, clique

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Se quiser ler sobre pessoas humildes usando o celular, clique – É inacreditável, pelo menos para mim!!!

Melhor fazer assim:  leia o texto sobre o celular e depois ouça a música. É isso!!!

Jogos – de Habilidade ou de Azar Mesmo…???

Folha de S. Paulo de hoje traz reportagem a respeito do Jogo de Pôquer – se seria jogo de azar ou se depende exclusivamente da capacidade do jogador.  No Rio, juiz  decidiu que se trata de jogo de azar.  Em S. Paulo, há outra interpretação: que ” o jogo depende exclusivamente da habilidade do jogador.”

Profissional liberal, bem sucedido, casado com prima minha, era jogador semi-profissional (talvez continue sendo, já que perdi o contato com ele).  Por semi-profissional considerem-se alguns aspectos:

  • Ao longo de um ano, ele ganhava ou perdia o correspondente a um carro médio novo.
  • Ingênuo, comentei que devia ser divertido jogar assim, bater papo, tomar uns uísques, cervejas.  Na mesma hora, ele respondeu:

– Cê é louco???   Ninguém toma uísque ou cerveja, tá todo mundo lá pra jogar mesmo.

E  me explicou mais:

– A gente joga algumas vezes por semana, com o nosso grupo.   Naturalmente, a coisa sempre acaba meio empatada.  Um dia eu ganho x, outro dia perco o mesmo x e assim vai.  Acontece que sempre alguém que conhece jogador do nosso grupo diz que quer jogar conosco.  O jogador do grupo diz que é besteira, que todos jogamos muito bem, desaconselha o quanto pode, mas o pato, digo o jogador tonto, insiste e não aceita não por resposta.

Em geral argumenta:

–  Eu ganho muito dinheiro, se eu for lá e perder cinco, dez mil  não vão me fazer falta alguma.

Adivinha.    O cara vai e perde os dez mil!!!

E talvez saia de lá feliz, podendo dizer que jogou com  profissionais…

Senhora conhecida minha, com filhos mais ou menos da minha idade,  uma vez pediu para a Maria Esther Bueno, nossa tenista campeã em Wimbledon e vários outros torneios importantes,  se podia trocar umas  bolas na quadra e deu a razão.

– É só para eu poder dizer que joguei um pouco com você!!!

Aliás, Maria Esther, gente finíssima, também já trocou uma dúzia de bolas comigo e até deu dicas boas – por pouco, a partir dali,  não me tornei tenista profissional (risos).

Voltando ao pôquer, uma coisa é você ter a honra de jogar com uma campeã de Wimbledon e não alterar  em um centavo a sua conta,  outra e deixar R$ 10.000,00 por pura vaidade…

Ainda no jogo, entretanto, coisa mais violenta.

Alguns anos atrás, contava-se que filho de um ricaço, a bordo de automáovel caríssimo,  fora sequestrado.

Como se sabe,  ricaços frequentadores de cassinos têm crédito.  Bem,  o tal ricaço  foi sacando, sacando fichas e perdendo.  Não pagou e voltou.   O empresário do jogo, despachou uns capangas para o Brasil.   Pegaram o rapaz, avisaram que o carrão estava em determinada rua de S. Paulo e que pai só teria o filho de volta se pagasse a conta que deixou pindurada no cassino.

O pai pagou, o rapaz apareceu e o dinheiro foi para o cassino.

Será que se passou pela cabeça do nosso jogador internacional que ele iria levar a melhor para cima do dono do cassino???

Vai nessa, vai!!!

Caras, que se acham espertos, dizem  olhar atentamente  a mãe da namorada para saber como será a mulher no futuro.

Para mim, de espertos eles não têm nada.

Conheço uma balofa, cuja montanha da barriga, peitos etc, começa nas bochechas, aliás, na testa,  queixo, pecoço  e vai até a ponta do dedinho dos dois pés, passando, naturalmente, por coxas, barriga da perna, pé e, repetindo,  artelhos (dedos dos pés). Pois bem, a mãe dela era tipo pequena e elegante, morreu há muitos anos, antes dos 65 anos e … magra!!!

O marido, que conheceu a sogra, – deve estar emputecido como a teoria deu completamente errado bem na vez dele; já que  “a patroa”, literalmente patroa, deve pesar hoje cerca de oito arrobas.