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A coisa tá Feia Mesmo.

Não abandonei, nem pretendo abrir mão do Trombone. É que tenho feito outras coisas, inclusive escrito muitos microcontos, que um dia passo para cá.
Isso posto, lá vai.

Vi no Facebook. Dentro da minha teoria e prática de não desperdiçar coisa alguma, inclusive fatos e fotos engraçadas, posto aqui.

Pior se fosse ponte com “Depreção”, já que também seria o caso de MOBRAL.

A imagem pode conter: texto e atividades ao ar livre
Podia ser pior.

Música para Deus Cuidar do Pé do Menino (Neymar).

Nos telejornais,  a notícia de que Neymar se emociona na festa de seu 27º aniversário ontem em Paris, ao falar do problema físico e pediu metatarso (osso do pé) novo.

Bom momento para se conhecer a deslumbrante música  Boleiros, do meu amigo Vlado Lima,   que pede para Deus olhar o Pé do Menino.

Clique, ouça Boleiros, na voz de Lis Rodrigues, acompanhada por outras feras do Clube Caiubi de Compositores,  emocione-se e peçamos  todos  para Deus cuidar do pé do nosso Menino.

Cadê Queiroz?, Hilariante Marchinha.


Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente,  pode ser denunciado, ainda que não deponha,  no inquérito que investiga movimentações atípicas em uma das suas contas.
Se essa história  não acabar em pizza antes do Carnaval,   a marchinha do meu conhecido Sonekka Lazzarini, prestigiado e queridíssimo cantor compositor do Clube Caiubi, tem tudo para estourar.
Já postei no meu Facebook.  Clique, ouça e diga se estou certo ou se estou errado.

Nada se Perde! Nem mesmo baratas!

No mesmo espírito de ter ojeriza a desperdício, inclusive de coisas engraçadas, lá vai mais uma ilustração que vi há pouco.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

Aproveito e deixo piada.

Português desapareceu por anos.  Nesse tempo, ficou ensinando uma barata que trazia sempre no bolso.  Ele estalava os dedos perto do bolso e a barata pulava pro chão.  Ele estalava novamente e ela voltava para o bolso.

Reapareceu, e convocou todos os amigos para mostrar-lhes a novidade.  Quando ele estalou os dedos e ela saltou, um amigo gritou:

–  Uma barata.

E mais do que rápido, com um pisão, estraçalhou a barata amestrada.

Músicas Lindas e Oportunas

Lembram-se da belíssima música We Are the World, gravada por  grandes nomes da música internacional?

Pois bem,  brilhantes  artistas brasileiros gravaram vídeo  para o instante que vivemos.  Nome da Música – A Nossa Voz

No seu lugar, eu assistiria a ambos os vídeos.  Você vai ver que a nossa não fica devendo nada para We Are The World.  Lógico, não se trata de competição, mas como por aqui, às vezes, há o Complexo de Vira-Lata (lógico que não entre leitores do Trombone), já vou adiantando.

We Are The World

A Nossa Voz

Lu Archila – Ouça e se Encante

Não, de maneira alguma estou preguiçoso.

Ao contrário, tenho escrito muito, muito mesmo, mas postei  quase nada aqui.  Vou continuar esse processo de ir colocando no Trombone devagar o que estou escrevendo ultimamente.

Mas, peço mais um pouco mais de paciência, porque hoje tem música excelente  da Lu Archila, que eu conheço desde que ela era uma menininha, como também conheço os pais dela, Henrique e Mônica.

A música se chama Singular e, de fato, é bastante singular em seu ritmo contagiante.

Ouça e “disconcorde” se for capaz.

João Gilberto, João Gilberto…

Capa da  Veja que está nas bancas traz o cantor João Gilberto. Embora tenha a revista em casa, ainda não li.  Pelo título e legenda, a reportagem é sobre problemas enfrentados pelo artista: “O DRAMA DE UM GÊNIO BRASILEIRO”.

Gosto muito do estilo de ele cantar, sobretudo por ser suave, sem o mais mínimo arroubo de grandes interpretações.  Mas sempre o considerei meio chato.  Aliás, quando começaram esses programas de TV em que o público votava,  uma das questões era:  João Gilberto, é um gênio ou um chato?  O público vou maciçamente em chato.

Lá vão dois episódios.

Mil anos atrás, namorada que trabalhava na Grande Imprensa ganhou dois convites para show dele.  Ela me convidou, eu fui.

Pois bem, lá pelas tantas, entre uma e outra canção, João Gilberto diz:

-Ar condicionado, ar condicionado.

Foi incapaz de falar mais uma única palavra que fosse:  ou que estava forte, ou fraco, ou barulhento.

Reinaldo, conhecido meu desde os tempos de infância, já que éramos vizinhos,  é sócio de uma Casa de Espetáculos aqui em São Paulo e estavam abrindo uma filial.  O convidado para inaugurar a nova casa era exatamente o João Gilberto.

Perguntei ao meu conhecido se ele e os sócios  não tinham medo que o artista aprontasse alguma e pusesse tudo a perder.

Meu amigo:

-Ele não é louco de fazer isso.  Se ele fizer a menor gracinha, nossos advogados acabam com ele.

Pois bem, o João Gilberto fez das suas e não fez o show.

No dia seguinte, liguei para a casa do meu conhecido.  Atendeu a empregada.  Pedi que ela desligasse o telefone e ligasse a secretária para eu deixar recado.  Ela disse que não havia secretária eletrônica.  Percebi que era uma mulher  com condições de transmitir o que eu lhe pedisse e falei:

–  Por favor, fala para o Reinaldo que o Paulo Mayr ligou e disse apenas o seguinte:  Eu bem que avisei.

Meu conhecido chega em casa, com alguns amigos e amigas,   a eficiente empregada diz:

– O Paulo Mayr ligou e disse apenas o seguinte: eu bem que avisei.

O Reinaldo mesmo me contou que os amigos dele morreram de rir.

Genética e Injustiça – Essa Minha Crônica Não Foi Classificada no Prêmio Sindi Clube de Literatura de 2017

Essa minha crônica abaixo  NÃO ficou entre as três  finalistas do Prêmio Sindi Clube de 2017.  Eu gosto muito dela.  Não li as classificadas, mas discordo e protesto.  Brincadeira!  De qualquer forma, suponho que vc vá se divertir.

Nesse mesmo Prêmio, em 2013, crônica minha – PRAGAS CONTEMPORÂNEAS recebeu menção honrosa. No final,  deixo o  Link para minha crônica  e  também colo o Poema do meu amigo Luis Carlos de Moura Azevedo, classificado em terceiro lugar, este ano, no mesmo Prêmio.

Lá vai:

Genética e Injustiça

Começo do ano, vi uma mulher albina no metrô, lembrei-me da Lady. Não, a Lady não era Albina.  A Lady foi minha professora particular de genética.  Fiquei de  recuperação  no último período do primeiro colegial.   Não tinha noção da coisa e meu colega de classe Mário,   hoje amigo há quarenta e seis anos,  apresentou-me à ela.

Não era bonita, mas Muito charmosa;  devia ter uns  vinte e sete anos no máximo e –  solteira.  Naquele tempo, mulheres com essa idade, que ainda não haviam se casado, eram consideradas solteironas.

Recordo-me  de que em uma das aulas,  a coisa não entrava na minha cabeça de maneira alguma.   A sala de casa, onde tinha aula particular,  dava para pátio interno e um salão. Havia ali  bar, mesa, cadeiras, duas espreguiçadeiras e uma mesa de pebolim.

Ela propôs:

–  Vamos jogar um pouco de pebolim para você relaxar.

Jogamos, voltamos à genética e desempaquei.  Fui muito bem na prova de recuperação e hoje entendo um pouco da coisa.

Se um dia eu vir um casal de olhos azuis e o filho de olhos castanhos, vou estranhar.

Boa professora, queria mostrar que a coisa funcionava na prática, Lady disse que iria criar  um exercício  de genética para resolvermos,  envolvendo meus pais, eu e  meus irmãos.  Eu falei que não seria possível, pois minha mãe havia se casado duas vezes.

Inconscientemente, ela pensou em voz alta:

–  Mundo injusto.  Sua mãe se casou duas vezes e eu nenhuma…

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Quiser ler, crônica Minha PRAGAS CONTEMPORÂNEAS,  que, em 2013, recebeu Menção Honrosa no mesmo Prêmio Sindi-Clube de Literatura, clique aqui

Bem, agora leia a estonteante Poesia do meu Amigo Luis Carlos Moura Azevedo, classificado  em Terceiro Lugar. Lá vai:

No último andar a cidade pertence aos urubus

um pouco mais abaixo a coisa toda muda

na semana passada os bombeiros resgataram três pichadores

encalacrados no décimo-quinto andar

de um edifício modernista na rua santa efigênia

certos edifícios ancoram em suas esquinas prediletas

e com o passar dos anos

ficam mais e mais parecidos com cargueiros envelhecidos

corroídos pela maresia

diversos pontos de ferrugem e alguns pecados desculpáveis

em outra encarnação não fui lago nem montanha

penso num prédio baixo vagamente gótico chamado oásis ou osíris

camelos entre as palmeiras do saara

o painel de azulejos

os corredores de granilite

os metais dourados do elevador

à noite os moradores mais antigos custam a pegar no sono

vez por outra surpreendem um estranho do outro lado da persiana de enrolar

escalando a fachada com uma lata de spray na mão

há sempre um marinheiro disposto a esconder os possíveis clandestinos

nos andares intermediários a cidade foi tomada pelas formigas

minúsculas quase imperceptíveis

indestrutíveis em sua formação militar

esquadrões em fila atacando o açucareiro na cozinha

batalhões no banheiro atrás do copo das escovas de dente

tão difícil ancorar um navio nas nuvens do pensamento

encontramos a cidade invadida pelos cupins

eles preferem as estantes carregadas de livros e pecas frágeis de porcelana

mas saboreiam com prazer especial

as escrivaninhas que possuem inúmeros escaninhos

perfeitos para esconder cartas indesejáveis

não sei mais se são mesmo meus estes versos sem rima

como se alguém digitasse por mim as teclas do micro

talvez o mesmo sujeito da lata de tinta

prefiro ignorar os resquícios da dor mais aguda

nos andares mais baixos a cidade pertence às baratas

no rés-do-chão aos cachorros

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Gostou, né?  Particularmente, achei  muito boa mesmo!