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Afirmação? Para mim é uma Pergunta!

Todos são iguais perante a Lei.  Não, não acho que seja uma afirmação, mas sim uma pergunta.

Há pouco, principal manchete do site UOL:

POLÍCIA FEDERAL ENVIA 84 PERGUNTAS PARA TEMER, QUE TEM 24 HORAS PARA RESPONDER

Como diria ex-namorada, deixa eu entender.

O cidadão comum, quando é réu em uma ação, ou investigado em Inquérito,  tem que ir à presença do Juiz/Delegado  e responder ali, na lata.   O cidadão comum acompanha-se de advogado, mas quem responde é ele, repetindo, ali, na lata.  Como é bom aliteração!*

O Presidente da República recebe as perguntinhas por escrito. Certamente mobiliza todo o Ministério da Justiça, Advocacia Geral da União e tem 24 horas produzir ensaios, redigidos a 100, 200 mãos  e entregar o que estiver mais bem ensaiadinho.

Passemos, pois,  a partir de agora, redigir esse ex-axioma da Justiça com uma Interrogação ao final.  O pouco que me lembro desse campo nas aulas de filosofia, é que Verdades Universais não admitiam exceções.  Assim sendo,  a partir de agora, a redação correta da frase inicial desse texto passou a ser essa:

Todos são iguais  perante à Lei?

Aliás, alguém já disse que alguns são mais iguais do que outros.  Por essa e outras, sem trocadilho, daqui pra frente “tudo vai ser diferente”.  Para terminar o axioma que ganhou uma interrogação: Todos são Iguais perante à Lei?

Detesto Chavão, mas como Alguém já disse,  o  Brasil não é um país sério!

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* Aliteração – Repetição de um som.

Exemplo de Aliteração: …da cama tem uma jarra/Dentro da jarra tem uma aranha/Tanto a aranha arranha a jarra/Quanto a jarra arranha a aranha.

Bonitinho aliteração, não é mesmo?  Muito diferente da política, que é bem nojentinha.   Dá pra discordar de qualquer uma das duas afirmações?**

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** O velho bordão do Trombone – Não tenho saudades da Ditadura, mas esses políticos e judiciário que estão por aí…

 

Dia do Aniversário

Hoje é aniversário da Rosa, que trabalha na minha casa.  Dei três presentes para ela:

  • Uma blusa da loja de  amigona minha,  onde comprei   calça e camisa para meu sobrinho, cujo aniversário é no próximo dia seis;
  • Um delicioso bolo de chocolate da confeitaria em frente de casa, famosa no bairro. Exatamente o mesmo bolo  que comprei no meu aniversário. E, lógico, as velas – daquelas lindas, que soltam  estrelinhas;
  • O melhor presente de todos: folga hoje, para que ela possa descansar e também preparar a festinha da noite para toda a família.   Vai ter deliciosa carne de panela (além de já ter feito para mim, ela me  passou a receita,  que está aqui no meu computador, Arquivo intitulado Carne Assada da Rosa) e o bolo, lógico.

Muitos anos atrás, comentei que deveria haver uma  lei que tornasse ponto facultativo o dia do aniversário do trabalhador, fosse do setor público, ou privado.  Quando o aniversário caísse no fim de semana, o funcionário poderia escolher  ausentar-se do trabalho  na sexta ou na segunda.  Lógico que  um   chato contestou:

– Imagine, em uma grande empresa  seriam  dezenas  de ausências todos os dias.

O cara não tinha empresa,  nem tinha nada, mas, em muita  gente,  o reacionarismo é nato.   Não querendo ser panfletário, afinal  a idade já não me permite tal luxo,  empresas e governo lucram muito em cima do trabalho de cada empregado, servidor.  Não, não custaria nada essa generosidade.  Sem contar que quem trabalha feliz, produz mais.

A mesquinhez de muitos, entretanto,  é incomensurável.  Imagine a reação de  Ronaldo Caiado, a Bancada da Bala e muitos outros do Congresso, caso isso  fosse, não à votação, mas meramente cogitado.

O legislativo e o judiciário,  além promoverem  escândalos que não têm fim (não estou  querendo a volta dos militares),  desfrutam de  mais férias do que crianças na escola.   Para eles, trabalho de terça a quinta,  recesso (que eufemismo imbecil) de 15 de dezembro até depois do carnaval;  e, em julho, já que ninguém é de ferro.

Eles usufruem dessa, literalmente,  orgia “trabalhista”.  Quando estão reunidos no Congresso, é aquilo que se vê,  mar de cadeiras vazias, um monte de nego amontoado e batendo papo entre si e ao celular, um segurando o braço do outro, enquanto trocam segredinhos.

Agora, um dia de folga para o trabalhador curtir  tranquilamente o aniversário com a família, isso não.   Levaria o Brasil à falência.

Sorte minha e da Rosa  que não dependemos  dessa gente!

O Horário Político é Ótimo!

Eu adoro o Horário Político Gratuito.

Hoje, pude assistir ao Jornal da TV Bandeirantes.  Durante o Horário Político, sossegadamente,  tomei banho e pude  ver o  Jornal Nacional desde o início.

Tem ou não tem serventia o Horário Político?

Quiser ler três microcontos sobre políticos, em seguida, dessa observação que sempre faço:

Não tenho saudades da Ditadura, entretanto esses políticos…

Isso posto, lá vão:

O   meu, o mais fraquinho – 119 dígitos.

O candidato só teve um voto.  Quem não conhecia, não conhecia.  Quem o conhecia é que não votou nele de maneira alguma.

Fernando Vasqs:

Título: “Latidos”

“A Velhinha vê novela, o cachorro late no quintal. Intervalo, propaganda política. A velhinha grita:
– Cala a boca, cachorro!”

Para concluir:

André Luis Gabriel – Como já foi dito,  vencedor do  Primeiro Concurso de microcontos Salão de Humor de Piracicaba, em 2011.
Título: “ In Memoriam”

“O político morreu, virou estátua. Agora são os pombos a prestar-lhe justas homenagens”.

Vidros Transparentes em Carros e Megasena

Há pouco, na Albuquerque Lins, Higienópolis, zona oeste de S. Paulo, vi coisa inédita.  Quatro carros, em seguida, um atrás do outro, passaram por mim.  Todos eles com vidros transparentes.

Amanhã, vou conferir a minha megasena com muita esperança.  Família da minha cunhada diz que os acontecimentos se dão aos pares.

Se Deus quiser, outro fato inusitado vai se realizar!

Questão de Tempo!

Pela manhã, na alameda Barros, Zona Oeste de São Paulo, carro com vidros nigérrimos e adesivo de cadeirante.

Ora, o sujeito já deve ter dificuldades motoras para dirigir; não satisfeito,  ainda  tucha essa merda desse vidro.

Logo mais vai ser promovido de cadeirante para “caixãotante”,  digo,  virar presunto, ou, pior ainda, vai se estropiar ainda mais.  Questão de Tempo.

A velha história: a natureza limitou a inteligência, mas não limitou a burrice.

Professor?

Respeito todas as categorias, sobretudo professores.  Mas veja o que postou um professor no  Facebook.

“Me sinto cansado. Derrotado mesmo. Quando abracei a carreira de professor, a 50 anos atrás, via uma luz no fim do túnel. Hoje, aposentado, eu sei que, na educação brasileira, a luz no fim do túnel é um trem. Triste Brasil.”

Começar a manifestação com pronome do caso oblíquo (me),  sem maiores problemas;  agora,  a 50 anos.  A 50 anos, ao invés de há cinquenta, é muito grave.  Para professor, então, nem se fale.

Aí ele poderia escolher:

  • Há cinquenta anos
  • Cinquenta anos atrás

Talvez ele quisesse reforçar mesmo que fazia cinquenta anos, então, tuchou   o Há (no caso dele, a)  e o atrás.

“A Luz no fim do Túnel é um trem”.   Mas, que chavão babaca!  Aliás, abracei  a carreira…

Agora, tenho que concordar com ele, em relação ao último período:  Triste Brasil.  Triste Brasil, onde, em tão poucas linhas,  um professor comete tantos erros absurdos!

Havia um Quadro no Programa CQC, Top Five, em que eram apontadas cinco gafes da TV na Semana.  O Slogan do Quadro era algo como  “Programa ao Vivo é a casa do Capeta”.  Facebook vem se tornando a casa dos  Diabos Analfabetos, inclusive professores.

Pessoas Inconvenientes

Levo todos os dias para a “minha padaria” uma garrafinha com suco de laranja batido com mamão e ameixa e depois coloco granola.

Semana passada, uma mulher desconhecida me pergunta o que era e eu disse os componentes.

Ela:

– Parece muito bom para o intestino.

Ora, uma mulher que nunca me viu fazer esse tipo de comentário…  Deveria ter respondido

– Minha senhora, eu cago muito bem, tomo o suco porque gosto.

Será que estaria descendo ao nível dela se tivesse dado essa resposta?

Observação 1 – Quem me conhece, e mesmo quem lê o  Trombone,  sabe que detesto assuntos que chamo de  “excretivos”, mas a barbárie tá aí.  Fazer o que?  Escrever sobre, oras.

Observação 2 – Minha padaria é a padaria onde tomo café todas as manhãs.  Quiser ouvir  crônica que fiz sobre ela que foi ao ar pela CBN, clique aqui.

 

Muito demais da Conta.

Ontem não almocei e tinha compromisso na hora do jantar.

Parei em excelente e tradicional restaurante árabe do Jardim Paulista para comer dois salgados.

Falei para a garçonete que não queria o joguinho americano de plástico. Veio a superior dela e tuchou  a coisa embaixo do meu pratinho.

–  São normas da casa.

Perguntei por que não usavam  toalhas descartáveis.

Reposta:

–   É que a gente quer ajudar o Planeta.

Não satisfeita em querer determinar o que eu uso ou não à mesa, a mulher  me dá lição barata de ecologia.

É muito demais da conta!