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Trânsito e Anjo no Final Trazendo Boa Notícia

Reportagem do Jornal Nacional, há pouco, mostrou pessoas que descobriram formas de aproveitar o tempo que ficam paradas no trânsito.  Em média, duas horas por dia.  Uma mulher revisa  texto no ônibus, grupo tem aula de Inglês.

Lá vai frase minha a respeito:

No instante final, um anjo deveria vir nos avisar de que seríamos ressarcidos de todo o tempo perdido no trânsito.

Seria muito bom, não seria???

Para assistir à reportagem, clique aqui

Ficção e Realidade

No meio do congestionamento, há pouco, Helicóptero resgata e leva jovem que iria receber fígado, do outro lado da cidade, no Hospital Albert Einstein.

Maiores detalhes no noticiário da rádio e TV.

Aqui, posto  conto em que Renata,  heroína que concebi  em Curso de Criação Literária, participa de aventura no mesmo setor.  Minha heroína era uma Indiana Jones de saia.  Sem contar que era linda e andava de Jaguar.   Depois de ter escrito alguns episódios, criei slogan para ela: “Renata, como todas gostariam de ser e que todos gostariam de ter.”

Esse conto tinha o título:

“QUEM VÊ OLHOS, TAMBÉM VÊ CORAÇÃO”

Nessa época, graças a Deus, ainda não havia celular. Se houvesse, muitíssimo provavelmente, a Renata não teria. Medonho era personagem de colega de curso . Medonho, uma semana antes, havia feito um galanteio grosseiro para cima da Renata. Dei o troco.

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Lá vai o conto:

Quatro e meia da manhã. O telefone toca. Renata foi dormir às dez horas, mas fazia apenas quinze minutos que tinha conciliado o sono. Ouve atentamente e anota o endereço. Salta da cama. Uma hora depois, chega ao local.

Impossível. Tinha muita gente e o trânsito logo mais ficaria congestionado em toda região. Nem adiantava convocar os outros.

Era a quinta tentativa frustrada só nos últimos vinte dias. Já fazia três meses que a batalha de Renata começara e ela não via perspectiva a curto prazo. Mas jurou que não seria vencida pelo cansaço. Poderia até mesmo arruinar-se, porém estava obstinada. Nada iria detê-la.

Nove dias depois, numa segunda-feira, Renata acorda com um bom pressentimento. Afinal, era véspera do aniversário de Felipe, seu afilhado, filho de Silvia, amiga de muitos anos.

Às onze horas da noite seu bip dispara. Pega o recado.

“O dr. Reinaldo manda dizer para dona Renata que desta vez não tem erro. O endereço é Rua Rosa Amarela, 57, travessa da Av. Casa Verde, altura do nº 710″.

Antes de partir, liga para Ana que cuidaria de avisar todo o pessoal.

Na rua Rosa Amarela, as casas eram modestas e o movimento praticamente nulo, no dia seguinte todo mundo acordava cedo para trabalhar. Até o bar estava fechado quando Renata chegou.

Quase toda equipe já estava a postos:

O dr. Reinaldo e seus dois assistentes, Emílio – velho motorista da família e sua perua Chevrolet branca; os dois cabos fardados e Roberval, o tira malandro que o general Alípio havia prometido.

Faltava apenas Medonho, sempre irresponsável e atrasado. Mas como ele não participaria da primeira etapa, deram a partida.

Roberval entra na sala, chama os donos da casa. Impecavelmente vestido, com a lábia típica dos bons investigadores de polícia, apesar das circunstâncias embaraçosas, explica:
– Eu sinto muito mesmo. A situação é constrangedora. Sei que ele era o único filho de vocês. Mas tenho que levá-lo, pois existem sérias suspeitas e ele ainda será submetido a outros exames. Os senhores sabem, ordens são ordens. E no exército a gente prefere enfrentar o diabo a descumprir a ordem do nosso coronel, diz apresentando o falso requerimento assinado com o nome de um coronel fantasma, morto na Revolução de 32.

A situação era absurda, mesmo assim os outros poucos amigos e parentes, atônitos, convencem os pais do menino a concordar com o que o general tinha determinado.

Percebendo que o plano já estava em andamento, Medonho fica esperando na calçada, onde permaneceria até seu bip tocar novamente. Só deveria abandonar o posto para telefonar, caso surgisse algum imprevisto. Ele ainda ajudou acomodar tudo na parte traseira da perua de Emílio.

Do orelhão da esquina, Renata liga para Sílvia.

Três horas depois, Felipe, que havia sofrido um sério acidente em uma prova do campeonato mundial de skate na Califórnia, acorda da anestesia e diz:
– Tia Renata, acho que sou a única pessoa do mundo que ganhou de presente de aniversário uma córnea roubada. Eu adoro você!!!!!!!!!!!!!

Devolver o cadáver aos seus legítimos donos não foi difícil.

Renata dorme vinte quatro horas seguidas. Acorda com murros na porta do seu apartamento:

– Polícia!

Renata abre. Um delegado, quatro soldados e, com eles, toda equipe dela presa.

Na noite seguinte a do roubo do defunto, Medonho é apanhado pela polícia fumando maconha e cheirando cola em um show de metaleiro. No pulso, uma pulseira ordinária folheada a ouro com o nome completo do defunto. Medonho entrega todo mundo.

Renata liga para dr. Antonio Sampaio, um dos maiores criminalistas do Brasil.

Na delegacia, orgulhoso de ter desvendado aquele mistério e já sonhando com promoções e aumento de salário, entrevistas para rádio, jornais e televisão, o delegado Pinheiro fazia o B.O. quando chegam o dr. Sampaio e dois jornalistas:

– Delegado Pinheiro, o pobre defunto não entrou só com a misera córnea nessa história toda – diz o advogado.

– Como assim? – Pergunta, confuso, o delegado.

– Ora, seria um desperdício devolver pro caixão um defunto apenas sem uma córnea. O dr. Reinaldo mantém no congelador da clínica de um colega dele dois rins, o fígado, a medula, a outra córnea e também o coração. Caso o senhor insista em fazer o B.O. e mantê-los presos, tudo isso vai virar comida de cachorro. Sua imagem, que já não é muito boa, ficará arruinada.

– Nosso jornal até já está preparando uma matéria com o rapaz que vai receber a medula, com a freira que vai ficar com a outra córnea, com o poeta que está à beira da morte com cirrose que ficará com o fígado e com o garoto da mesma idade que precisa receber novo coração – intervém um dos jornalistas.

Inconformado, o delegado Pinheiro rasga o B.O.

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Quiser ler mais aventuras de Renata, minha Indiana Jones de Saia, clique –

No link há ainda alguns outros textos, mas os da Heroína tem o título: Fascínio, Parte 1 Renata, como como todas gostariam de ser….

Bem, agora, pensamento positivo para que tudo corra bem para os lados da jovem que vai receber o fígado!!!

 

 

Vida que se Esvai

No rádio do carro, Chico Buarque cantando a sublime música Carolina.

Fora, sobre mim, Minhocão: carros por todos os lados, exceto por baixo; congelados, estagnados.

Minutos que se vão, vida que se esvai.

Meia hora  de congelamento e desisti de ir onde eu ia.

Voltei pra trás, como diria meu querido e saudoso  irmão Beto.

Voltei pra casa.

Tô no ninho.

Rodízio de Carro e Rodízio de Pizza.

Não usei o  carro ainda hoje, graças a Deus; logo mais, entretanto, essa felicidade termina. Bem, mas pelo que  pude observar, andando alguns quarteirões e olhando pela janela o  movimento do Minhocão e da Avenida Pacaembu, o trânsito está muito civilizado, como diria meu saudoso pai.

Admiro o CET “e a tal” da Engenharia de Tráfego.  Competente é boa definição.  Na minha total leiguice  (supunha não existir tal palavra), acho que o Rodízio de carros deveria estar suspenso a partir de hoje.

Reitero, sou leigo; os técnicos são técnicos.

Em tempo, não sou contra o rodízio:  é solução paliativa,  metrô em profusão seria o ideal.  Agora, frase de algum gozador a respeito do assunto:

“Adotar rodízio de carros para resolver problema de congestionamento é o mesmo que  gordo adotar rodízio de pizza para emagrecer.”

Não concordo, mas é engraçado.

 

Ficção e Realidade

Impressionante, a principal Foto da Folha de Hoje, congestionamento em túnel da Imigrantes, parece ter sido feita na Peça Auto  Estrada do Sul, em que atores e plateia são tuchados em engarrafamento sem fim, sobre a qual escrevi a propósito da saída para o Feriado do dia 15.  Na peça, público e atores são colocados em carros, ao invés de poltrona,  desesperados, muitos  também abandonam os automóveis  para ver o que se passa.  No teatro, boato de explosão;  ontem, incêndio. Leia sobre a Peça, e veja vídeo síntese

Na Peça é ao Ar livre.  Na realidade, mais monóxido de carbono
Na Peça é ao Ar livre. A realidade
é pior.

Vida Eterna na Terra Mesmo

Ontem, começo da noite, recorde de congestionamento na cidade de  S. Paulo –  300 km.  Recorde que deverá ser batido sempre, infelizmente.

Infelizmente 2 – eu tava lá!!!

Infelizmente 3 – começos de noites  piores virão…

Frase minha a respeito:

No Instante Final, um anjo deveria vir nos avisar de que seríamos ressarcidos de todo o tempo perdido no trânsito.

Assim, apenas relativo a ontem,  boa parte dos paulistano seria creditado em cerca de  três horas.

Interessante, né???

E, principalmente, justo.  Digo, justíssimo

Talvez se isso acontecesse, a vida eterna seria aqui na terra mesmo.  Mais gente na terra e…  MAIS CONGESTIONAMENTO!!!

 

Uma Simples Vaga ou Uma Deusa Na Sua Cama???

Fico mais de uma hora no trânsito para percorrer cerca de seis quilômetros.  Aí, em frente, bem em frente mesmo ao ao lugar que eu vou, uma bela e espaçosa  vaga,  sem zona azul, sem placa de proibido; ali, ao meu dispor, sem mais motorista algum a fim dela.

Estaciono e me lembro de piada.  Piada antiga, já contada aqui.  A piada é tão antiga que um milhão de dólares naquele tempo era um fortuna e a Sophia Loren, um mulherão.

Carlo Ponti, marido de Sophia Loren, estava quebrado.  Os dois decidiram que o único jeito era ela se dispor a passar uma noite com quem pagasse um milhão de dólares.

Aparece um japonês, paga tudo em dinheiro vivo e vão os dois para a melhor suíte do melhor hotel da cidade, no último andar.

O Japonês tira a gravata e joga pela janela,  tira o paletó e joga pela janela, tira a calça e joga pela janela.

Sophia Loren:

– Japonês, você ficou louco  para jogar toda sua roupa pela janela???

Firme, ele responde:

– Japonês pagar um milhão de dólares, agora japonês fica aqui até morrer.

Pois eu pensei quase o mesmo:

– Agora que estacionei, vou ficar aqui pela Vila Mariana até Morrer…

Como a vida piorou.  Antes, o cara não queria mais sair do lado, de cima, de dentro (ops) de uma Deusa do Cinema; hoje é o trânsito que consome a energia da gente. Como diria Rita Lee, antigamente tudo era bem mais chique.  Por esse chique,   entenda-se tudo era muiiito melhor.

Mais um pouquinho e lá tô eu a enfrentar mais  congestionamento…

Tempestade, Resfriado, Congestionamento…

Duas frases minhas para o trânsito e tempestade de ontem em S. Paulo; uma delas,  com freqüência, infelizmente,  repetida aqui.

  • Depois da tempestade, vem o Resfriado.
  • No instante final, um anjo deveria vir nos avisar de que seríamos ressarcidos de todo o tempo perdido no trânsito.

Demorei mais de  duas horas para ir de Santa Cecília à avenida Brasil com a 9 de julho.  No meio da Casa Branca, estacionei, peguei meu guarda-chuva e fui à pé.  Não fosse essa caminhada, teria levado mais de quatro horas.

Voltar para casa, próximo ao Centro, por volta das 11 da noite,  consumiu mais de uma hora.

Se minha segunda  frase for atendida, só ontem ganhei mais três horas aqui, antes de ir para o andar de cima.

Consolo: fui poupado do resfriado.

CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. É isso mesmo???

O Trânsito na Frei Caneca,   paralela à Augusta  bem  congestionado praticamente desde a Paulista, por volta das 19,30 horas de ontem.  Caio Prado Idem.  Maria Antônia também.

Adivinhem o motivo.

Alunos do Mackenzie faziam batucadas nos bares vizinhos e invadiam a rua.

Na minha frente, havia já bom trecho, um carro da CET.  A saber, CET significa Companhia de Engenharia de  Tráfego.

Passo pelo tumulto causador do congestionamento, alcanço o Carro da CET e pergunto se eles não iam tomar nenhuma providência para acabar com a aglomeração e permitir que o trânsito fluísse.  O funcionário  me informa que eu podia ligar para o 190, telefone da Polícia.

Repetindo CET significa Companhia de Engenharia de Tráfego.   A CET vê com os próprios olhos bando de jovens destruindo todo o trabalho de Engenharia de Trânsito e me pede para ligar pro 190.  É isso mesmo???