Todos os posts de Paulo Mayr

Pedir Permissão e Agradecer – Atitudes Fora de Moda

No meio desta semana, pedi para o dono de uma casa se podia estacionar em frente à sua garagem.  Adivinhem qual foi a resposta dele.  Lá vai:

– Obrigado por avisar.

Pois é, o mundo se transformou nisso,  pessoas bloqueiam garagens alheias sem a menor cerimônia e, o mais grave,  sem se incomodar com o imenso transtorno que podem  vir a causar.

Quando fui pegar meu carro de volta, naturalmente,  toquei a campainha e, mais uma vez,  agradeci a gentileza dele.

Muitos anos atrás, consegui com  a assessoria de imprensa da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo par de  ingressos  para assistir a uma partida exibição do tenista Bjorn Borg, no Ginásio do Ibirapuera.

No dia seguinte, ligo para a Assessoria para agradecer.

A secretária não entende e pergunta se o meu ingresso não foi entregue.  Explico que estava ligando para agradecer.  Ela continua não entendendo e quer saber  se houve algum problema.  Esclareço mais uma vez que tudo havia corrido bem e que estava apenas agradecendo.  Veja a razão do estranhamento dela:

– Paulo,  a Secretaria de Esportes  já forneceu inúmeros convites para as mais diversas atrações.   Jamais alguém ligou para agradecer, por isso que não entendi o seu telefonema.

Eu e meu pai sempre seguíamos à risca esses preceitos de educação.

Minha irmã do meio dizia:

– O defunto ainda está quente e o Paulo e Hiram (meu pai era padrasto dela) já estão lá.

 

Latas Gigantes de Sardinha

Nova série de  reportagem, no Jornal da Band,  a respeito da Híper lotação nos trens e nos vagões do metrô de S. Paulo na hora do Rush.

Mais uma vez, é oportuna a leitura de meu microconto a respeito do assunto.  Lembrando que escrevi há alguns anos.  Hoje, a situação está bem mais grave.

Ressalto que uso com muiiiita  frequência o metrô, mas procuro fugir do horário de pico.

Lá vai o Microconto:

Em cada metro quadrado dos vagões do metrô de S. Paulo,
Todos os dias,  oito pessoas ensardinham-se em latas gigantes (118dígitos).

Fazer literatura, pseudo-literatura ou micro(e pseudo) literatura é fácil.  Duro é encarar a coisa duas vezes por dia de segunda a sexta!!!

Triste, muito triste!!!

Poeta!!!

Poeta é poeta.  São demais.

Veja que bonito  Ni Brisant  escreveu para saudar o filho recém-nascido:

 

O álbum da família ganhou uma pérola                                                                                                    

Meu mundo ganhou outro.

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Tão lindo quanto o filho, Bento.

Veja o garoto

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Post tão legal, com diagramação tão feia.  Não por incompetência minha, mas por falha nas ferramentas do blog.

Samba Diz Mais que Eventual Tratado Sociológico sobre o Tema

Duas teorias minhas, modéstia parte, perfeitas.

As pessoas que moram em um  prédio têm mais ou menos o mesmo nível econômico.  O problema é que, no mesmo nível econômico, o desnível de educação é gigantesco, diria, gigantesco ao cubo.

A outra teoria, essa a toda hora estatelada aqui no Trombone, é que aquele velho ensinamento que o meus avós passaram para os meus pais e eles para mim, como certamente os seus o fizeram, foi absolutamente subvertido.

O velho  ensinamento: “meu  filho,  sua liberdade vai até onde começa o direito do próximo”.

Isso transformou-se em piada  nos dias de hoje.  A coisa tá assim:  a liberdade dos búfalos (pessoas sem educação, jamais querendo ofender os búfalos de quatro patas) é ilimitada e o cidadão vai a cada dia mais ficando cerceado em seus direitos mais rudimentares.

Esse Samba de Oswaldinho da Cuíca retrata isso com perfeição

Título:  Minha Vizinha:  Clique aqui ouça, e discorde se for capaz.

É a síntese de tratado sociológico!!!  Parabéns!!!

 

Ficção e Realidade

No meio do congestionamento, há pouco, Helicóptero resgata e leva jovem que iria receber fígado, do outro lado da cidade, no Hospital Albert Einstein.

Maiores detalhes no noticiário da rádio e TV.

Aqui, posto  conto em que Renata,  heroína que concebi  em Curso de Criação Literária, participa de aventura no mesmo setor.  Minha heroína era uma Indiana Jones de saia.  Sem contar que era linda e andava de Jaguar.   Depois de ter escrito alguns episódios, criei slogan para ela: “Renata, como todas gostariam de ser e que todos gostariam de ter.”

Esse conto tinha o título:

“QUEM VÊ OLHOS, TAMBÉM VÊ CORAÇÃO”

Nessa época, graças a Deus, ainda não havia celular. Se houvesse, muitíssimo provavelmente, a Renata não teria. Medonho era personagem de colega de curso . Medonho, uma semana antes, havia feito um galanteio grosseiro para cima da Renata. Dei o troco.

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Lá vai o conto:

Quatro e meia da manhã. O telefone toca. Renata foi dormir às dez horas, mas fazia apenas quinze minutos que tinha conciliado o sono. Ouve atentamente e anota o endereço. Salta da cama. Uma hora depois, chega ao local.

Impossível. Tinha muita gente e o trânsito logo mais ficaria congestionado em toda região. Nem adiantava convocar os outros.

Era a quinta tentativa frustrada só nos últimos vinte dias. Já fazia três meses que a batalha de Renata começara e ela não via perspectiva a curto prazo. Mas jurou que não seria vencida pelo cansaço. Poderia até mesmo arruinar-se, porém estava obstinada. Nada iria detê-la.

Nove dias depois, numa segunda-feira, Renata acorda com um bom pressentimento. Afinal, era véspera do aniversário de Felipe, seu afilhado, filho de Silvia, amiga de muitos anos.

Às onze horas da noite seu bip dispara. Pega o recado.

“O dr. Reinaldo manda dizer para dona Renata que desta vez não tem erro. O endereço é Rua Rosa Amarela, 57, travessa da Av. Casa Verde, altura do nº 710″.

Antes de partir, liga para Ana que cuidaria de avisar todo o pessoal.

Na rua Rosa Amarela, as casas eram modestas e o movimento praticamente nulo, no dia seguinte todo mundo acordava cedo para trabalhar. Até o bar estava fechado quando Renata chegou.

Quase toda equipe já estava a postos:

O dr. Reinaldo e seus dois assistentes, Emílio – velho motorista da família e sua perua Chevrolet branca; os dois cabos fardados e Roberval, o tira malandro que o general Alípio havia prometido.

Faltava apenas Medonho, sempre irresponsável e atrasado. Mas como ele não participaria da primeira etapa, deram a partida.

Roberval entra na sala, chama os donos da casa. Impecavelmente vestido, com a lábia típica dos bons investigadores de polícia, apesar das circunstâncias embaraçosas, explica:
– Eu sinto muito mesmo. A situação é constrangedora. Sei que ele era o único filho de vocês. Mas tenho que levá-lo, pois existem sérias suspeitas e ele ainda será submetido a outros exames. Os senhores sabem, ordens são ordens. E no exército a gente prefere enfrentar o diabo a descumprir a ordem do nosso coronel, diz apresentando o falso requerimento assinado com o nome de um coronel fantasma, morto na Revolução de 32.

A situação era absurda, mesmo assim os outros poucos amigos e parentes, atônitos, convencem os pais do menino a concordar com o que o general tinha determinado.

Percebendo que o plano já estava em andamento, Medonho fica esperando na calçada, onde permaneceria até seu bip tocar novamente. Só deveria abandonar o posto para telefonar, caso surgisse algum imprevisto. Ele ainda ajudou acomodar tudo na parte traseira da perua de Emílio.

Do orelhão da esquina, Renata liga para Sílvia.

Três horas depois, Felipe, que havia sofrido um sério acidente em uma prova do campeonato mundial de skate na Califórnia, acorda da anestesia e diz:
– Tia Renata, acho que sou a única pessoa do mundo que ganhou de presente de aniversário uma córnea roubada. Eu adoro você!!!!!!!!!!!!!

Devolver o cadáver aos seus legítimos donos não foi difícil.

Renata dorme vinte quatro horas seguidas. Acorda com murros na porta do seu apartamento:

– Polícia!

Renata abre. Um delegado, quatro soldados e, com eles, toda equipe dela presa.

Na noite seguinte a do roubo do defunto, Medonho é apanhado pela polícia fumando maconha e cheirando cola em um show de metaleiro. No pulso, uma pulseira ordinária folheada a ouro com o nome completo do defunto. Medonho entrega todo mundo.

Renata liga para dr. Antonio Sampaio, um dos maiores criminalistas do Brasil.

Na delegacia, orgulhoso de ter desvendado aquele mistério e já sonhando com promoções e aumento de salário, entrevistas para rádio, jornais e televisão, o delegado Pinheiro fazia o B.O. quando chegam o dr. Sampaio e dois jornalistas:

– Delegado Pinheiro, o pobre defunto não entrou só com a misera córnea nessa história toda – diz o advogado.

– Como assim? – Pergunta, confuso, o delegado.

– Ora, seria um desperdício devolver pro caixão um defunto apenas sem uma córnea. O dr. Reinaldo mantém no congelador da clínica de um colega dele dois rins, o fígado, a medula, a outra córnea e também o coração. Caso o senhor insista em fazer o B.O. e mantê-los presos, tudo isso vai virar comida de cachorro. Sua imagem, que já não é muito boa, ficará arruinada.

– Nosso jornal até já está preparando uma matéria com o rapaz que vai receber a medula, com a freira que vai ficar com a outra córnea, com o poeta que está à beira da morte com cirrose que ficará com o fígado e com o garoto da mesma idade que precisa receber novo coração – intervém um dos jornalistas.

Inconformado, o delegado Pinheiro rasga o B.O.

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Quiser ler mais aventuras de Renata, minha Indiana Jones de Saia, clique –

No link há ainda alguns outros textos, mas os da Heroína tem o título: Fascínio, Parte 1 Renata, como como todas gostariam de ser….

Bem, agora, pensamento positivo para que tudo corra bem para os lados da jovem que vai receber o fígado!!!

 

 

Silvia Poppovic e Ronie Von – Encontro de Encantos

Os simpáticos e encantadores Ronnie Von e Silvia Poppovic encontram-se essa noite, no programa do Apresentador,  Todo Seu, logo mais – às 22, 35 horas, na TV Gazeta.

Boa oportunidade para reler episódios  divertidos com ela, que usei aqui no Boca, para reinaugurar a seção Casos,  atendendo a pedido de fiel leitor, que anda meio sumido, Fernando Pawwlow.

Lá vão:

Título do Post – A Silvia Poppovic de Sempre

Silvia Poppovic sempre foi a Silvia Poppovic que você conhece.  Meu saudoso irmão Beto, Antônio Roberto Sampaio Dória, você não conheceu,  mas quase todos os profissionais do Direito das décadas de 60,70, 80 e comecinho de 90 o conheceram:  com 26 anos, era Professor do Largo São Francisco e com 32, salvo imenso engano meu, tornou-se o mais jovem catedrático da Universidade de São Paulo.

O Beto era muito inteligente, obstinado,  mas ia fazer uma brincadeira e a coisa virava  desastre.  Entretanto,  nas ocasiões  decisivas e até perigosas,  que já enfrentamos juntos, saía-se bem e, por incrível que pareça,  com muito  humor.

Eu era o irmão  homem caçula, o queridinho do Beto,   que também  era meu padrinho de batismo.  Talvez ele nos visse trabalhando juntos nos diversos poderosos escritórios de advocacia dos quais foi sócio a vida toda.

Mas eu decidi fazer jornalismo e, quem sabe,  isso o tenha frustrado um pouco.

Na ECA, Escola de Comunicações e Artes,  quiçá em toda a Cidade Universitária, e até mesmo na USP inteira,   Ramio  era o xodó.   Muito, mas muito culto mesmo com seus   apenas 20 anos de idade, também se destacava na liderança do  Movimento Estudantil, que  estava ressurgindo.    Cabelos longos até os ombros e barba,   Ramio  tinha o visual  hippie, tão em moda na época.  Não só o visual, como razoável   aversão a banhos, faziam dele um semi-hippie, já que morava com a  família muito bem estruturada, pai médico,   e sempre chegava à Faculdade de Carro.

Silvia Poppovic também estudou na minha turma e de Ramio.   Aliás, eu já havia sido colega de classe  da Sílvia no terceiro colegial,  no  Equipe.

Característica da Silvia sempre foi a espontaneidade,  falar o que lhe desse vontade.

Outro parêntese, Silvia tinha uma definição muito boa.  Dizia ela:

– Guiar, escrever à máquina (hj seria operar computador) e falar inglês não são méritos.  É obrigação.

Graças a Deus e ao meu esforço, sei todas as quatro, já que até  curso de datilografia eu fiz.  Meu pai acrescentava ainda nadar, como indispensável. Concordo.

Voltando, em 1975, no meu aniversário,  Silvia e meu saudoso irmão Beto travaram uma boa polêmica, exatamente a respeito da profissão de jornalista.   Na hora do Bolo, um delicioso bolo de chocolate,   Beto  dá um prato para a Sílvia.  Divertindo-se, ela diz que não iria comer o bolo que ele havia cortado  e que tampouco  qualquer  colega de faculdade  aceitaria aquele pedaço.

Beto passou o bolo para outro amigo meu que ele já conhecia há muitos anos e sabia não ser da turma da Silvia.

Comentei esses dias com a Sílvia e ela disse que deve ter sofrido, já que sempre adorou bolo de chocolate.  Aí, eu disse  que ela comeu outro pedaço de bolo, cortado por outra pessoa.

Voltando ao nosso líder  da USP.

Um dia Ramio aparece na faculdade, com seus longos cabelos molhados,   cara de quem havia saído do chuveiro momentos antes.

Sílvia fala:

–  Que bonitinho,  camisa branquinha, macacão passado…

E não pensa duas vezes.

Encosta a cabeça no ombro de Ramio, com o nariz virado para baixo e anuncia:

– Hum…!!! Está até cheirosinho!!!

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Quando mandei o texto para Sílvia aprovar, ela disse que eu devia ter colocado o nome inteiro do Râmio, ao invés de protegê-lo.

Eu acho melhor deixar desse jeito e tenho certeza de que ela também vai aprovar.  Assim, apenas eu, ela, o próprio Râmio e os outros poucos que presenciaram a cena vão saber de quem se trata.

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Bem, espero que a Sílvia  tenha boas notícias de que vai voltar a ter programa na televisão.  Aliás, eu e a Torcida do Corinthians esperamos (ou seja, todo mundo!!!)

Beijão, Sílvia e Ronnie!!!

Ciclovia – Mudou-se!!!

Sobre  polêmica e medidas judicias  que as Ciclovias estão causando, como noticiou há pouco o Jornal Nacional, microconto perfeito, já postado aqui algumas vezes.

O microconto  é de  Journey Pereira dos Santos, de Cruz das Almas na Bahia.  Detalhe  – Cruz das Almas  tem menos de 65 mil habitantes (tá certo que o microconto se passa em S. Paulo).

Lá vai:

” E leu num anúncio: mude o mundo: vá de bike!” Logo comprou a bicicleta e passou a pedalar por Sampa. E mudou: deste, para outro mundo…

O que Deveria Ser Regra, Parece, é Exceção!!!

Presidente Dilma disse no jornal da Band algo mais ou menos assim, em relação ao novo Ministro, que vai ocupar a cadeira do malcriado Cid Gomes:

– “Vou escolher alguém bom para a Educação e não bom para esse ou aquele partido”

Ora, isso deveria ser a regra para preencher todo e qualquer cargo no governo, sobretudo os de   Ministros.

Parece que não é!!!

A política, realmente, é para profissionais.  Não tem a menor lógica para nós, simples contribuintes, que servimos apenas  para que esse circo continue aberto, funcionando a pleno vapor.  Como sempre digo, não tenho saudades da Ditadura, mas essa política é de doer…

Quiser ler mais sobre o políticos,

Mas, como digo sempre, leia aos poucos, excesso disso pode fazer mal à saúde de qualquer um, exceto a deles, que amam viver esse Recreio Sem Fim!!!  Recreio Sem Fim, além de ser a realidade deles, é o título de um dos Textos.  Para ler sobre Políticos/Política,  clique aqui

No seu lugar, não deixaria de ler Recreio sem Fim – clique – seria a dose aconselhável para hoje, se   quiser começar a conhecer o labirinto da Política.

Falar neles,  enquanto escrevo isso, Horário Político Gratuito.

Corinthians Joga na Libertadores para Poucos Assistirem. Afronta!!! Trapalhões!!!

Sou Corinthiano,  mas  nem um pouco suspeito  suspeito para dizer: é absurdo que TV aberta alguma televisione o jogo do Corinthians e Danúbio, do Uruguai, pela Copa  Libertadores, marcado para logo mais às 20 horas. Na verdade, absurdo seria se o Jogo fosse aqui; mas, como é fora do Brasil, chega a ser absurdo ao quadrado.

Afronta!!!

Certamente se trata de Incompetência generalizada dos cartolas: cartolas do futebol e também das emissoras de TV.

Lógico que os cartolas  das TVs  gostam de ser chamados de executivos, mas, pelo jeito, estão entrando na toada dos cartolas, cartolas.

Sejam bem vindo, pois, senhores ex-executivos,   ao clube dos trapalhões!!!