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Hoje Eles Determinam a Iluminação de Nossas Casas e Não Dizemos Nada; Amanhã…

A tal lei, portaria, ou seja lá o nome que tenha, que proíbe a frabricação de lâmpadas incandescentes e impõe a amaldiçoada luz do apagão é de tal forma arbitrária que faz lembrar poema famoso.  Aliás, o trecho conhecido desse poema sempre foi atribuído a Maikóvsky, na verdade ele tem o título de No Caminho, com Maiakóvski, é de autoria de Eduardo Alves da Costa.

Lá vai:

(…)

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Pois é, hoje,  em nome de não sei o que, eles agridem nossa  retina e nossos  nervos;  amanhã,  podem decidir que comer vegetais, frutas e animais é nocivo  à natureza e nos imponham uma dieta à base de pedra, areia e larva de vulcão…

Se não dissermos nada contra essa afronta, o precedente está aberto para afrontas bem menos sutis.  Apesar de eu achar  essa violência que querem impingir  aos nossos olhos nem um pouco inocente, muito pelo contrário.

Se quiser ler o texto que publiquei ontem a  respeito do mesmo assunto, clique aqui

Solicito, assim mesmo, de maneira bem formal, a quem estiver de acordo comigo  que divulgue esses dois textos meus através de suas redes sociais para que consigamos barrar mais essa violência que querem nos impingir goela abaixo, pupila/retina adentro…