Com frequência,  ouve-se na CBN Arnaldo Jabor  mencionando uma frase, que afirma não ser dele: o mundo seria melhor se os homens de bem tivessem a ousadia dos canalhas.
Como adoro frases e palavras, lá vou falar sobre uma delas.  E não é sobre canalha.  É sobre ousadia.
Lógico que português não é ciência exata e todos temos direito de empregar palavras como queremos.
Pois bem, a palavra perfeita para acompanhar canalha é atrevimento.
Eu estava passando   simpática e sutil cantada em uma mulher.   Sorrindo, ela me disse:
– Nossa, mas como você é atrevido!
Também sorrindo,  expliquei:
– Atrevido é adjetivo para (e citei  personalidade da política que tem o meu nome, até mesmo as minhas iniciais).
Continuei:
– Eu não.  Eu sou audacioso, arrojado,  como um jogador de tênis que joga na rede matando muitas bolas e, em compensação, levando algumas passadas, lobys (não no sentido político/econômico), ou então como corredor de Fórmula 1 que passa o adversário deixando milímetros de distância entre a mureta da pista, seu pneu e o pneu do lado oposto praticamente rapando o do adversário..
Isso é arrojo, audácia.
Canalhice é outra coisa.  Canalhice é desaparecer na calada da noite com coisas que não lhe pertencem, muitas vezes objetos, obras de arte  até mesmo de parentes.  Aí sim, as duas palavras se unem perfeitamente,  canalhice e atrevimento.  Foram feitas uma para a outra.  Também os que desviam dinheiro da saúde, da merenda escolar.  Mas nunca nos esquecendo dos que roubam a própria família, certamente, por nem terem competência para alçar vôos mais altos.  Eles são apenas atrevidos, calhordas
Céu e Glória para Arrojados, Audaciosos, Destemidos;  Brasas do Inferno para os Canalhas.   Repare bem, Canalhas, muito diferentes dos cafajestes, que não fazem meu gênero, mas guardam algum carisma e tanto encantam mulheres.