Arquivo da categoria: Microcontos/Contos

Fumo da Lata e Microcontos da Caixinha (4)

SE VOCÊ JÁ LEU OS TRÊS  ANTERIORES, A ABERTURA É A MESMA, VÁ DIRETO AO MICROCONTO (título em negrito)

Fins de setembro de 1987,  18 latas, como essas em que se vende leite em pó, foram encontradas boiando, em Maricá, a cerca de 60 km da cidade do Rio de Janeiro.  Dentro, entretanto, não havia leite, mas maconha.  Cerca de um mês antes, 22 toneladas de maconha, de excelente qualidade acondicionadas em latas, foram despejadas no mar, entre Rio e São Paulo.  Os traficantes estavam sendo perseguidos pela polícia e descartaram a droga.

Todo vendedor de fumo da época  dizia que o seu  era proveniente das tais latas.  O Historiador Burns, salvo engano, dizia que se “juntassem todos os pedacinhos de madeira vendidos como tendo feito parte da cruz em que Jesus Cristo foi crucificado, daria para se construir um navio.  Pois bem,  se fosse somado todo o fumo vendido como fumo da lata, não daria 22 toneladas, mas dois Pão de Açúcar.  Fernanda Abreu, em uma de suas músicas, fazia referência ao tal fumo da Lata.

Quase trinta anos depois, professora Esther Proença,  de Criação Literária, propôs que fossem feitos microcontos, de 15 palavras, incluindo o título, cujo enredo poderia acontecer no espaço restrito  de uma caixa de fósforo.  Para dar mais graça, pediu que os textos fossem apresentados dentro de uma caixinha de fósforo e no exterior o título e o pseudônimo do Autor.

Fiz diversos microcontos.  Vou postá-los  aqui no Trombone,  homeopaticamente, sempre como essa mesma introdução.

ORDINÁRIA*

Sua pequenez era tanta,  que a mulher cabia aqui.

* Dez Palavras

Fumo da Lata e Microcontos da Caixinha (3)

SE VOCÊ JÁ LEU OS DOIS  ANTERIORES, A ABERTURA É A MESMA, VÁ DIRETO AO MICROCONTO (título em negrito)

Fins de setembro de 1987,  18 latas, como essas em que se vende leite em pó, foram encontradas boiando, em Maricá, a cerca de 60 km da cidade do Rio de Janeiro.  Dentro, entretanto, não havia leite, mas maconha.  Cerca de um mês antes, 22 toneladas de maconha, de excelente qualidade acondicionadas em latas, foram despejadas no mar, entre Rio e São Paulo.  Os traficantes estavam sendo perseguidos pela polícia e descartaram a droga.

Todo vendedor de fumo da época  dizia que o seu  era proveniente das tais latas.  O Historiador Burns, salvo engano, dizia que se “juntassem todos os pedacinhos de madeira vendidos como tendo feito parte da cruz em que Jesus Cristo foi crucificado, daria para se construir um navio.  Pois bem,  se fosse somado todo o fumo vendido como fumo da lata, não daria 22 toneladas, mas dois Pão de Açúcar.  Fernanda Abreu, em uma de suas músicas, fazia referência ao tal fumo da Lata.

Quase trinta anos depois, professora Esther Proença,  de Criação Literária, propôs que fossem feitos microcontos, de 15 palavras, incluindo o título, cujo enredo poderia acontecer no espaço restrito  de uma caixa de fósforo.  Para dar mais graça, pediu que os textos fossem apresentados dentro de uma caixinha de fósforo e no exterior o título e o pseudônimo do Autor.

Fiz diversos microcontos.  Vou postá-los  aqui no Trombone,  homeopaticamente, sempre como essa mesma introdução.

Lá vai terceiro:

ENTRETANTO*

Aqui não cabe romance.  Para bom microcontista, entretanto,  sobra espaço.

* 11 palavras

Fumo da Lata e Microcontos da Caixinha (2)

SE VOCÊ JÁ LEU O  ANTERIOR, A ABERTURA É A MESMA, VÁ DIRETO AO MICROCONTO (título em negrito)

Fins de setembro de 1987,  18 latas, como essas em que se vende leite em pó, foram encontradas boiando, em Maricá, a cerca de 60 km da cidade do Rio de Janeiro.  Dentro, entretanto, não havia leite, mas maconha.  Cerca de um mês antes, 22 toneladas de maconha, de excelente qualidade acondicionadas em latas, foram despejadas no mar, entre Rio e São Paulo.  Os traficantes estavam sendo perseguidos pela polícia e descartaram a droga.

Todo vendedor de fumo da época  dizia que o seu  era proveniente das tais latas.  O Historiador Burns, salvo engano, dizia que se “juntassem todos os pedacinhos de madeira vendidos como tendo feito parte da cruz em que Jesus Cristo foi crucificado, daria para se construir um navio.  Pois bem,  se fosse somado todo o fumo vendido como fumo da lata, não daria 22 toneladas, mas dois Pão de Açúcar.  Fernanda Abreu, em uma de suas músicas, fazia referência ao tal fumo da Lata.*

Quase trinta anos depois, professora Esther Proença,  de Criação Literária, propôs que fossem feitos microcontos, de 15 palavras, incluindo o título, cujo enredo poderia acontecer no espaço restrito  de uma caixa de fósforo.  Para dar mais graça, pediu que os textos fossem apresentados dentro de uma caixinha de fósforo e no exterior o título e o pseudônimo do Autor.

Fiz diversos microcontos.  Vou postá-los  aqui no Trombone,  homeopaticamente, sempre como essa mesma introdução.

Lá vai o segundo:

Título: Pulmão*

Quantos palitos, quantos cigarros a acender- quanto câncer!!!

* Nove Palavras

Fumo da Lata e Microcontos da Caixinha de Fósforo(1)

Fins de setembro de 1987,  18 latas, como essas em que se vende leite em pó, foram encontradas boiando, em Maricá, a cerca de 60 km da cidade do Rio de Janeiro.  Dentro, entretanto, não havia leite, mas maconha.  Cerca de um mês antes, 22 toneladas de maconha, de excelente qualidade acondicionadas em latas, foram despejadas no mar, entre Rio e São Paulo.  Os traficantes estavam sendo perseguidos pela polícia e descartaram a droga.

Todo vendedor de fumo da época  dizia que o seu  era proveniente das tais latas.  O Historiador Burns, salvo engano, dizia que se “juntassem todos os pedacinhos de madeira vendidos como tendo feito parte da cruz em que Jesus Cristo foi crucificado, daria para se construir um navio.  Pois bem,  se fosse somado todo o fumo vendido como fumo da lata, não daria 22 toneladas, mas dois Pão de Açúcar.  Fernanda Abreu, em uma de suas músicas, fazia referência ao tal fumo da Lata.*

Quase trinta anos depois, professora Esther Proença,  de Criação Literária, propôs que fossem feitos microcontos, de 15 palavras, incluindo o título, cujo enredo poderia acontecer no espaço restrito  de uma caixa de fósforo.  Para dar mais graça, pediu que os textos fossem apresentados dentro de uma caixinha de fósforo e no exterior o título e o pseudônimo do Autor.

Fiz diversos microcontos.  Vou postá-los  aqui no Trombone,  homeopaticamente, sempre como essa mesma introdução.

Lá vai o primeiro:

Título:  Navio**

Formiga embarcou  e viajou sarjeta abaixo.

**sete palavras, incluindo o título.

* Ouça a música de Fernanda Abreu – Veneno da Lata –  clique aqui

Microconto*

Rato viciado ri do Ri do Rato.**                                                 +++++++++++++++++++++++++++++++++++                                                                                      *34 dígitos                                                                                                                                            ** Veneno super eficiente contra ratos.

Morumbi: Botar Abaixo, ou Deixar Sem Qualquer Espetáculo – Apenas para Servir de Exemplo de Como Não se Constrói Estádio

Assistir a jogos de futebol no  Morumbi é uma porcaria.  No Show dos Rolling Stones,  a sensação que se tinha é que, ao invés do grupo, e dos músicos  que os acompanham, no palco estavam cerca de dez ou doze (não dava nem para contar)  besourinhos coloridos.

Verdadeira afronta.  São-paulinos se jactam da imensidão daquela coisa.  Como já escrevi, se a Gisele, ao invés do 1,80 mts dela, tivesse 2,50 mts, seria um aleijão.   O estádio do Morumbi é um aleijão e uma afronta ao bolso/olhos e ouvidos do torcedor/consumidor.

Fui à apresentação dos Rolling Stones no Pacaembu, na década de 90,  uma maravilha!!!  Na época,  comprei o melhor ingresso.  De onde eu estava, até os Stones, em linha reta, deviam ser menos de 50 mts.  Dessa vez, no Morumbi, também comprei o melhor ingresso, e, calculo que tenha ficado a uns 300 metros da banda.

Historinha.

Meu pai foi subprefeito de Santo Amaro, indicado pelo Prefeito Faria Lima.    Imenso e obsoleto  abrigo de ônibus impedia que importante avenida fosse alargada.  Meu pai não teve dúvida.  Em um final de semana prolongado,  mandou botar abaixo o tal abrigo.  Isso aconteceu logo no início da gestão dele.

Jornal do Bairro deu Manchete:

–   Vândalos invadem Santo Amaro.

Meu pai foi avisar o prefeito Faria Lima de que viria chumbo grosso da oposição.  O  Prefeito para o meu pai:

–  Hiram, você fez muito bem, devia ter aproveitado e derrubado aquela estátua pavorosa do Borba Gato.

Meu pai disse que muitos no bairro gostavam da medonha estátua.

Pois bem,  suponho que não haja pessoa alguma de bom senso  (reitero, de bom senso) que goste do Morumby/de assistir a jogos/espetáculos no Estádio.  Assim,   dever-se- ia (perdão pela mesóclise – pronome no meio do verbo) botar abaixo aquela afronta ou deixar como símbolo de mau gosto e da ineficiência, sem que seja usado para coisa alguma.

Pensar que o Estádio do Palmeiras, com metrô ao lado,  foi concebido/levantado exatamente para que o público desfrutasse com conforto, sob todos os aspectos,  de partidas de futebol e espetáculos diversos.

Promover qualquer espetáculo (esportivo/cultural) no Morumbi deveria ser proibido pelo Código de Defesa do  Consumidor.

Se eu tivesse juízo, deveria prometer a mim mesmo (e, principalmente, cumprir) que jamais colocaria meus pés ali novamente.

Ir ao Morumbi,  de certa forma, é passar atestado de burrice.