Prefiro a Morte

Algumas vezes durante o primeiro semestre da ECA – Escola de Comunicações e Artes – , o simpático  José Clóvis e seus longos cabelos encaracolados foram estudar e almoçar na minha casa.  Mais que suficiente para meu pai ficar imaginando que todos os meus colegas fossem como ele.

Meses depois, no Shopping Iguatemi,  encontro a Denise,  que também começou o curso básico da faculdade na minha classe.  Trocamos algumas palavras, beijinhos no rosto ao nos encontrarmos e na despedida.  Meu pai pergunta quem era.  Digo que era colega.   Meu pai:

– Puxa vida, uma menina bonitinha dessas estuda na ECA!!!

Bonita e talentosa atriz amadora, embora não tão jovem,  que tenho encontrado ultimamente, ao prender os cabelos deixa à vista a tatuagem na nuca.

Imediatamente lembrei-me do  Zé Clóvis, Denise e meu pai;  pensei exatamente a mesma coisa que ele, décadas atrás:

– Uma mulher bonita e interessante dessas com esse treco eterno  no corpo…

Será que tô velho???

Para disfarçar e mostrar que estou na crista da onda,  vou tatuar algo!!!

Brincadeira.  Como já escrevi, prefiro a Morte.  Se quiser ler, clique

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