Entidade Israelita Incomoda Mas Aquece os Nossos Pobres. Estamos Salvos!!!

Como se não bastassem  a poluição sonora durante a semana, o homem da pamonha, agora inventaram mais uma para infernizar também o domingo, dia em  que deveriam dar sossego à população.  Uma entidade de nome Unibes, União Brasileira Israelita do Bem Estar Social, usando caminhão, carro de som em alto volume, invadiu no meio da manhã de hoje  as ruas próximas à Alameda Barros, em Higienópolis.    O objetivo era arrecadar agasalhos.

Para tanto, valia tudo.

Leia Alguns dos gritos de guerra.

– Enquanto não doar a gente não vai embora  (leia-se:  não vamos parar de incomodar)

– Joga   aquela jaquetinha de couro que você ganhou  do  namorado mala.

– Eu não tô vendo ninguém do Edifício X Doar Nada.

– Joga, joga, mira na cabeça de alguém e joga

– Manda aquela roupa que você não usa quando vai para a Europa.

Imagine que toda essa baboseira e agressividade eram gritadas em tom, ora de ironia, ora de tênue ameaça, por um sujeito sem a mínima  graça e de uma arrogância atroz.

Quando ele tomava fôlego, uma menina que vinha a pé com o megafone levava a coisa no mesmo  tom. Quando não era um nem outro, uma   música infernizava e até mesmo uma sirente era acionada.

Perguntas:

  • A lei permite que moradores de um bairro sejam incomodados dessa maneira?
  • A lei permite que sirenes sejam usadas  nesse tipo de manifestação???

Barulho, falta de respeito  e piadinha sem graça, infelizmente,  não provocam qualquer reação.

Agora, o que incomodava mesmo era a mensagem subliminar; hiper  cristalina na manifestação:

– Vocês, brasileiros/paulistanos, não são capazes de fornecer agasalhos para seus semelhantes.  É necessários que nós, israelitas, aqueçamos os pobres de vocês.

É demais, não é mesmo???

7 pensou em “Entidade Israelita Incomoda Mas Aquece os Nossos Pobres. Estamos Salvos!!!

  1. “Estamos salvos” é ótimo… Quem doa, “dói” em silêncio, não é! Sucesso!
    ++++++++++

    Valeu, Lalo. A coisa é exatamente essa: doar em silêncio; primeiro por uma questão de elegância; segundo, por questão de respeito à vizinhança.

    Abraços
    Paulo Mayr

  2. Vc já doou alguma coisa a alguem, alem do seu comentario infeliz ?????
    ++++++

    Henrique:

    Faço doações sempre. Mas não anuncio nunca. Menos ainda, incomodo quarteirões inteiros.
    Sua pergunta, creio, está respondida!!!

    Quanto a comentário, se vc tiver comentário feliz a respeito do meu comentário que vc chamou de infeliz, pode fazer.

    Se quiser responder – com coerência, sem agressões gratuitas, tópico por tópico que apontei, publico com destaque.

    Publico se responder exatamente como está pedido nas duas linhas acima.

    Paulo Mayr

    1. Sem comentarios. Palavras infelizes não precisam ser comentadas.
      +++++

      Palavras infelizes é (são) coisa (s) muito vaga (s). Vamos lá, faça uma crítica como eu sugeri!!! Mostre sua capacidade de aprofundar algo!!!

      O convite, nos mesmos termos, continua em pé!!!

      Mas lembro que a palavra comentários tem acento.

      Aguardo manifestação sua; com grafia correta, por favor!!!

      Paulo Mayr

    2. Caro Companheiro Henrique!!!

      Vamos medir as nossas palavras. Não é assim que devemos responder os nossos companheiros. Você foi indelicado e usou palavras grosseiras no seu comentário.Seu comentário foi muito infeliz.Você gostaria que na sua residência, fosse recebido com gritaria e agressividade por pessoas pedindo doações.
      ++++++
      Caro Cícero:

      Você é como o Millor: Mata a Pau as questões que precisam ser matadas a pau.
      É isso aí.
      Abraços
      Paulo Mayr

  3. Ilustre escrevinhador polemista. Esses sonoros pedintes de agasalhos incomodou o bairro, que tb conta com grande colonia de judeus, esse povo extraordinário e admirável.
    Vc, como comunista “ligth”, não deveria censurá-los.
    Lembre-se daqueles brilhantes judeus que tornaram possivel a revolução proletária de 1917, q vc tanto admira.
    Aquilo é que foi barulho, o resto é um traquinho! E o povão adorou! Mas o incomodo causado desta vez foi por uma boa causa e durou menos que os 72 anos da outra. Shalon
    +++++

    Caro Flávio:

    Não censuro quem quer que seja. Sou contra barulho, gracinhas sem graça, e “liçõezinhas” baratas de como aquecer pobres.
    É isso.

    Obrigado pelo comentário.

    Abraços
    Paulo Mayr
    ++++++++++++

  4. Grande Paulo Mayr!!!
    Eu costumo ler os comentários do seu maravilhoso Blog(em seus Posts),antes de ler os seus textos .E lendo eu não gostei de comentários….mas fazer o que….nem Cristo conseguiu agradar a todos….falar a verdade nos dias de hj, e arriscado.O seu texto não deixa dúvida,de como esta caravana de pedintes infernizou os moradores de Higienópolis,não é assim que se faz ação social,não é assim que se pede ajuda para o bem estar social e não importa a religião.Todos nós amamos e respeitamos a Entidade Israelita,mas com essa atitude indisciplinada,não aceitamos essaa atitude e esse modo de pedir.
    Isso me faz lembrar de alguns Posts desse blog,onde estudantes calouros e baderneiros,pediam dinheiro nos cruzamentos de faróis e aprontavam tamanha bagunça,e humilhavam os motoristas e passageiros de veiculos que não queriam colaborar dando dinheiro(esmolas) para que eles continuassem a festa por noite a fora…Caros amigos blogueiros….não é assim que se pede ajuda em uma ação social….
    +++++

    Cícero, meu caro:

    Mais uma vez, como sempre, você acertou na Mosca. Perfeita a comparação que vc estabelece com os universitários, ricos e bonitos que ficam no farol pedindo dinheiro pra “breja”, no rico vocabulário deles.
    É isso aí.
    Abraços
    Paulo Mayr

  5. Prezado Paulo: Dez meses depois, entendo eu, já não faz mais sentido comentar o seu texto, muito interessante como sempre.Todavia, os comentários feitos na ocasião, e as suas respostas – réplicas e tréplicas -evidenciam como é emocionante a arte de manter um blog, um espaço democrático, onde toda opinião é válida, seja a favor ou contra, feita com elegância ou não.Outro abraço, Plínio.
    +++++
    Caro Plínio:

    Obrigado pelo carinho de sempre. Como vc viu, mantive a porta, aliás mais de uma, aberta à discussão. Os outros, entretanto, não aceitaram o convite para entrar.

    Abraços

    Paulo Mayr

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