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Master Chef, Escolha Infeliz do Prato

A propósito do Master Chef de Hoje,  interessante a observação que a empregada do meu irmão fez.

Minha cunhada falou que faria um jantar e que o prato principal seria suflê.

A empregada foi taxativa:

– Dona Helena,  tenho o maior  prazer em fazer suflê, mas  as visitas é que têm que esperar o suflê e não o suflê esperar as visitas.

Bem, isso quer dizer que foi muito infeliz a escolha de suflê na prova eliminatória de hoje do Master Chef.

O suflê saiu do forno, tem que ser comido.  Caso contrário, em geral murcha, mas sempre dá errado se não for consumido nos minutos seguintes.

Apesar de a regra  ter determinado apenas um tempo máximo para o preparo e não o tempo mínimo.  Todos usaram o tempo máximo e  era lógico que os últimos suflês a serem avaliados seriam prejudicados.

Na verdade nem me lembro se o eliminado foi o último a ter o suflê testado.

O fato é que a escolha do prato foi infeliz; muito infeliz.

Peguei o programa pelo meio, pois, apesar de gostar de comida, prefiro o teleteatro da Globo; hoje era dia de Tapas e Beijos.

Repetindo, peguei o Master Chef  já começado; quando mudei de canal,  estava um chef  muito simpático; minha namorada  disse-me agora, por telefone,  que é o dono do Mocotó.  Aliás, já ouvi excelentes referências a ele.  Pois bem,   deveria ficar esse chef de jurado,  sujeito delicado, atencioso  e que sempre tinha palavra positiva para os participantes.  Os outros três deviam ser eliminados, para usar palavra dos reality shows*  da vida (*detesto terminhos em inglês, como os eventuais leitores do Trombone já sabem).

Muita Clara e Blá-Blá-Blá Para Um Mero Suflê!!!

“Deem-me o supérfluo e eu dispenso o essencial”, disse Oscar Wilde.  Eu digo que para mim o supérfluo e o essencial são  essenciais.

Contrariando a minha teoria, ocorreu-me uma boa gracinha gastronômica:

Deem-me o suflê que eu dispenso o essencial.

Mais sobre suflê.  Acho que já contei aqui no blog.   Minha cunhada soube que a nova cozinheira fazia suflês perfeitos.  Combinou com ela que faria um jantar à base de suflês.  Simpática, mas profissional, a empregada foi taxativa.

– Tenho o maior prazer em fazer o jantar de suflês.  Mas as visitas precisam ser pontuais.  Porque o suflês não espera os convidados.  Os convidados é que esperam o suflê.

De fato, o suflê murchou, virou uma gororoba.

Concluindo1, foi apenas uma gracinha gastronômica, pois certamente não existe uma única comida que se coma com prazer todos os dias, ainda que se façam variações sobre o tema.

Concluindo2, mesmo estando delicioso o suflê de há pouco, o próximo só daqui a alguns meses.