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Cinema virou sinônimo de chateação

Carnaval aí, São Paulo vazia, bons filmes que concorrem ao Oscar em cartaz e…  perspectiva de inúmeros aborrecimentos. 

Conforme tenho lido em cartas de leitores e, pior, sentido na própria carne, a probabilidade  de você ir a um filme e desfrutar do sossego que a situação requer é a mesma de você jogar para o alto uma moeda e ela cair em pé. 

Ainda hoje, guia da Folha publica na pág 92 cinco cartas de leitores que foram ao cinema e só encontraram aborrecimentos:

Em uma sala, os aborrecimentos , segundo esses leitores, foram:

• Vizinhos de cadeira comendo pipoca fazendo barulho
• Flashes  de celular a todo instante sendo jogados em seus olhos,
• Cadeiras que dão sensação de que se vai cair para trás

Em outra sala:
• Ar condicionado com defeito
• Cadeiras fedidas e furadas ( parece até café 5 fs de padaria vagabunda: fraco, frio, fudido e tem formiga no fundo)
• Péssimo atendimento, e pipoca velha (para incomodar os vizinhos)
Na terceira sala:
• Cheiro de urina misturada com bolor
• Forrações soltas
• Cadeiras ensebadas
• Cadeiras furadas com cigarros

Na quarta e  última (graças a Deus, por hoje, pelo menos) sala:

Impossibilidade de ler letreiro pq (é isso mesmo) corrimão da escada fica no meio da tela
Esse problema, segundo o leitor, obrigou a sogra dele a assistir ao filme inteiro inclinada (transformaram a senhora em  uma pequena Torre de Pizza Humana. Como diria Billy Blanco, o que dá pra rir, dá pra chorar).

Sádicos que ainda não estejam satisfeitos podem ler outros posts do BOCA  NO TROMBONE sobre o mesmo assunto:
http://bocanotrombone.ig.com.br/2008/02/07/liberdade-e-uma-coisa-barbarie-e-outra/

http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/01/13/sem-educacao-infernizando-no-cinema/

Como vai dar para a perceber,  um mesmo cinema, aliás bem  conceituado, foi alvo de carta de freqüentador insatisfeito na ocasião em que eu escrevi o post anterior e continua causando aborrecimento, segundo relata  uma das cartas citadas no começo deste texto.

Boca no Trombone deseja  Carnaval com o mínimo de aborrecimentos possível para todos nós;  muitos dos quais passamos  quase duas horas em filas de banco hoje, apesar de haver a lei de que a espera não pode ser superior a 30 (salvo engano) minutos.  Essa lei, como diria minha professora francesa, não pegou.