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Celular Proibido nos Bancos – Proibição Precisa Ser Ampla, Geral e Irrestrita

O meta-aborrecimento de estar na fila do Banco e ter de agüentar  o vizinho  batendo papos ao celular está com os dias contados.  Lei estabelece multa de R$ 2.500,00 para quem for apanhado usando o aparelho, ainda que para receber mensagens de texto.  Tem aquele blá-blá-blá de sempre: prazo para agências se adaptarem,  colocação de cartazes informando a existência da lei.   Bem, mas a lei está aí.  E como o órgão sensível das pessoas é o bolso,  pelo menos dentro de agências bancárias,  estaremos livres de ouvir conversas que absolutamente não interessam a quem quer que seja.

O que precisa mesmo é impor ao celular as mesmas restrições que foram impostas ao cigarro em lugares públicos.  Onde não pode cigarro, não pode celular.  Em ambientes fechados, celulares só deveriam ser permitidos dentro de cabines para esse fim. Pronto. E Ponto.

Aliás, em alguns restaurantes americanos o uso do celular já é proibido.  Escrevi a respeito.  Que quiser ler  Clique aqui

Quando a lei antifumo completou um ano, também postei  texto expondo a maneira como deveria ser regulamentado o uso de celular. Quem quiser ler Clique aqui

É curioso observar que a proibição do celular em banco foi determinada apenas por questões de segurança.  Respeito ao direito do cidadão que deseja sossego sequer foi levado em conta.  A velha história: aquilo que as mães, pais ensinavam para os filhos  que a liberdade deles ia até onde começava o direito do próximo,  foi absolutamente invertido.  Hoje a liberdade é irrestrita e ilimitada e o cidadão fica cada vez mais privado de seus direitos básicos, como, por exemplo, não ser importunado por gente gritando ao seu lado.

Lei Anticelular Já!!!

Ficar isento de fumaça de cigarro, cachimbo e  charuto em locais públicos, como vai acontecer a partir dessa sexta-feira em todo o Estado de S. Paulo, já é um imenso alívio. Entretanto, lei fundamental para  restabelecer um pouco do sossego que se tinha há cerca de 20 anos ainda precisa ser promulgada.

A lei antifumo proíbe o fumo em ambientes fechados de uso coletivo e até mesmo cobertos, tais como terraços/varanda de bares e restaurantes.  Pelo que se deduz, cigarros, cachimbos e charutos só serão permitidos nas calçadas, no meio da rua e dentro de casa.  Excelente!!! 

Pois bem, alguma santa autoridade poderia ter o bom senso de se empenhar e conseguir aprovação de  lei determinando  que nos mesmos lugares onde o fumo passa a ser proibido, também fique interditado à pior praga dessas duas últimas décadas:  o uso do famigerado/inoportuno celular.  Quando falo interditado, digo interditado mesmo.  Não pode ser emitido qualquer sinal sonoro, como as infelizes musiquinhas, ruídos, campainhas.  Fazer ligação ou atender ligação, nem pensar!!!

Conhecido meu estava em sofisticado clube na Argentina. Sacou do celular e começou a falar.  Na mesmo instante, atencioso funcionário lhe diz:

– Se o senhor  quer mesmo e precisa falar no celular,  nós temos cabines para isso.  Ficar aqui no meio do salão e falar no celular não é permitido!!!

O que precisa é isso – cabines telefônicas espalhadas pelos lugares.  O cigarro não é proibido, o Álcool não é proibido.  O que não pode é fumar em lugar fechado e nem guiar automóvel depois de beber.  Da mesma forma, celular continuaria sendo totalmente livre – sem emitir ruídos  e limitado à uma cabine telefônica. Simples e lógico. É civilizado!!! É democrático!!!  Autoritarismo é impor às pessoas em volta campainha conversas e gritos que ninguém é obrigado a suportar.

Os que lerem isso serão radicalmente contra.  A razão é muito simples.  Antes dizia-se que a liberdade de cada um vai até onde começa o direito do próximo.  Essa lógica foi invertida completamente. Hoje  é assim – a liberdade é ilimitada, o direito do próximo que se dane!!!  A respeito dessa nova concepção de vida,  dá até para juntar dois termos freqüentes  aqui no Boca no Trombone:   o que mais se vê por todos os lados é BÚFALOS NADANDO DE BRAÇADA!!!  E os incomodados que reclamem  pro Bispo, como se dizia tempos atrás.