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Chuva e Orgasmo

Uma gaiata anunciou: finalmente,  tive um orgasmo, mas descobri que era do tipo errado.

Isso para dizer que espero que essa chuva que caiu ontem ou anteontem  e cai agora na zona oeste  não tenha sido apenas  para me encharcar nos últimos 1500 metros da caminhada de volta pra casa, mas que tenha atingido também os pontos Gs do abastecimento de água.

Em tempo, logo mais vou ao teatro aqui perto, pretendo ir a pé, com guarda-chuva e bela botina de lavador de garagem.  E assim completo três dias sem usar o carro.

É a história   dita por autoridade de urbanismo e repetida aqui no Trombone:  logo mais o carro vai ser tão amaldiçoado quanto o cigarro.  Pelo jeito já estou nessa, tal como os dependentes de álcool/cigarro,   comemoro todos os dias, e um dia de cada vez,  que consigo me manter afastado do automóvel.

Vê-se Cada Uma…

Há pouco mais de uma hora, na Alameda Barros, próximo à Gabriel dos Santos, Higienópolis:

Absurdo 1 – Sujeito com o antebraço todo tatuado protegia do sol  com a mão a  arte  que vai compulsoriamente  levar até o fim da vida; a tinta brilhava e  parecia estar fresca.

Absurdo 2 – Menos de três metros atrás e dois segundos após o “quadro  anterior”,  mulher carregava cachorro em um carrinho de bebê, adaptado para quadrúpedes.

Mas a mulher caminhava sobre duas pernas e acho que não tinha tatuagem.  Talvez tivesse e talvez o tatuado também leve cachorro para passear em carrinhos de bebê adaptados, já que a falta de bom senso não tem limite.

Andar muito a pé, como eu ando,  é ótimo para a saúde, mas vê-se cada uma…

Andar a Pé

Carro me dá duas sensações  opostas: de imensa liberdade para poder ir à noite a um restaurante distante sobre o qual ouvi falar.   E também de prisão.  Quando estou a cerca de dois quilômetros do lugar onde tenho que chegar, assim que posso,  estaciono para me ver livre.  Se tem metrô, e é fora dos  do horários de pico,  não há possibilidade de eu ir de carro.

Agora,  os grandes prazeres mesmo são  andar a pé e  de bicicleta (se vivesse em cidade e bairro planos,  meu carro mofaria na garagem).

Sem contar a sensação de liberdade que o caminhar e a bicicleta proporcionam (embora reconheça que andar de  bicicleta no dia a dia  seja  bem arriscado em São Paulo), você encontra pessoas que não via há tempos e pode conversar, ainda que rapidíssima troca de palavras.

Eu e Fernanda, vizinha próxima de bairro, todos os domingos damos longas caminhadas. Feriado de sexta-feira, lá estávamos nós andando.  Na Caiubi,  rua da antiga sede do Glorioso Clube Caiubi, próximo à Igreja, encontro  colega meu de Faculdade, hoje jornalista híper famoso.  Foi o caso de rapidíssima, porém carinhosa, troca de palavras.

Ontem, estava de bicicleta,  mulher na calçada me cumprimenta.  Paro.  Vou logo dizendo que sou mau fisionomista.  Era outra colega de faculdade que não via há  anos, que também mora no bairro.  Ela pegou meu telefone, disse que ainda se encontrava com alguns colegas e que eu seria convidado para o próximo almoço deles.  Chego em casa há pouco,  recado de outra colega comum me convidando para o almoço.

Hoje, no tradicional passeio a pé de todos os domingos com a Fernanda,  troco saudações com Juca Kfouri, que conheço de vista.

O carro certamente teria me privado de tudo isso.   Fazer o que, né???  Amanhã, estarei lá, estancado/ congelado no meu cubo de gelo preto(cor do meu Corsa) em várias momentos do dia  e diversos pontos de São Paulo!!!