O economista Edmar Bacha foi eleito hoje para a Academia Brasileira de Letras. Ao explicar no Jornal Nacional como é o procedimento para se escolher novo membro, o Presidente da Academia, Domício Proença Filho, salvo imenso golpe desses meu surrados ouvidos pela poluição sonora, disse:
– Incinera-se os votos…
O certo é incineram-se os votos.
Falei uma única vez ao vivo em rádio e cometi pequeno erro de concordância. Tenho certeza de que cometi o erro por não ter prática de falar em microfone para grande público. Mas o Presidente da Academia Brasileira de Letras…
Espero, de fato, que meus torturados ouvidos tenham me traído…
Eu não sou bom em gramática, mas para estar na academia teria que ser. A academia brasileira de letras estaria com vícios da internet?
Caro Junior:
Talvez eu é que esteja ouvindo mal. Mas que eu ouvi, eu ouvi.
Abraço
Paulo Mayr
A frase em questão está correta desde que o pronome “se” seja um símbolo de indeterminação do sujeito. Em “incineram-se os votos o pronome seria uma partícula apassivadora.
Aulas Grátis:
Vc me diz isso; competente professor de criação literária me garantiu que eu estou certo e o nosso acadêmico enganou-se.
Paulo Mayr
Incinera-se votos equivalente a “alguém incinera votos”
Incineram-se votos equivalente a “votos são incinerados”
Sorry Paulo, voce e seu professor estão enganados.
Aliás, sugiro concordar um professor de Concordancia verbal-Gramatica e sintaxe na Lingua Portuguesa e não um especialista em literatura.
Não Mayr, não! Você ouviu certo; é que não se faz mais Imortal das Letras como antigamente. Tanto que o Bob Dylan ganhou o prêmio Nobel de… “literatura”. E tanto que torci para a Lygia Fagundes Telles, mesmo sabendo que ela não tinha a menor chance: não pelos méritos – que são imensos; mas porque nossos gênios, hoje, estão mais burros. Dylan Nobel de literatura; mas Chuchil também foi – sem nunca ter escrito livro algum. Enfim, é como se diz aqui no interior ” o que mais nasce no mundo é formiga e gente burra”. Abraço Mayr
Caro Sidney.
Como você gosta de piada, lá vai. O menino pergunta para o pai o que era lei de compensação. O pai fala:
– Meu filho, supondo-se que sua mãe saísse por aí dando para todo mundo…
O menino:
– Bem, papai. Aí você seria um conrno.
O pai:
– Em compensação, você seria um filho da puta.
Para compensar nosso Acadêmico, não perca, em hipótese alguma, o Filme sobre Elis Regina. Você vai ficar orgulhoso. Orgulhoso, inclusive, do diretor/roteirista que abordaram a morte dela com total elegância e discrição, sem entrar em detalhes irrelevantes. Filme muito legal mesmo. Feliz o povo que tem esses artistas que nós temos.
Abraços
Paulo Mayr