Três assuntos: trote, mudança de empresa de telefonia sem perder o número e piadinha sobre capacete de motociclista.
Trote:
Nas ruas próximas às faculdades, sempre nos começos de semestres letivos, cena absurda se repete. Motoristas são abordados por meninas e meninos bonitos com rostos pichados que pedem um dinheirinho.
Não dá para acreditar que Universitários do século 21 ainda acham engraçado/divertido colocar colegas calouros para ficar perambulando entre carros, ambulantes e mendigos em nome de uma brincadeira absolutamente extemporânea, inoportuna e de mau gosto.
Amigos me dizem que personalizo muito meus textos, mas não posso deixar de usar frase minha sobre o assunto:
O que se pode esperar de um país cujos jovens universitários obrigam seus colegas calouros a disputar esmolas com mendigos nos semáforos?
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O número do telefone, finalmente, será do Assinante
Assisto ao Jornal Nacional, com freqüência em companhia de competentíssimo administrador de Fundo de Ações. Milionário, por talento/esforço próprio, trata-se de uma das pessoas mais low profile (discreta) que existe. Há uns quatro anos, quando começaram a ser oferecidas diversas opções de empresas telefônicas, ele saudou a novidade durante o noticiário. Comentei com ele que de quase nada adiantaria para mim e para todos os cidadãos. Avisar amigos e clientes da mudança do número é trabalho hercúleo, praticamente impossível. Ele explicou:
– Isso só acontece no Brasil. Nos outros países, o assinante/ o cidadão é o dono do número. Ele leva esse número para a empresa que ele quiser. Nos Estados Unidos há pessoas que a cada dois meses mudam de companhia telefônica.
Já se passaram alguns anos dessa minha conversa e, ao que parece, essa medida que foi anunciada ontem no Jornal Nacional só vai valer para todos os brasileiros a partir de março de 2009. Isso, como dizia uma francesa, minha professora na Aliança, se essa lei pegar, porque, segundo ela, aqui no Brasil algumas leis pegam e outra não.
Resta-nos rezar!!!
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Capacete sem Selo do Inmetro –
A obrigatoriedade do selo do Inmetro nos capacetes de motociclista no país, em vigor há quase um mês, foi suspensa. Minha professora explicaria: essa lei não pegou.
Para divertir e mostrar que não sou mal humorado, afinal o que dá pra rir dá pra chorar, como já disse Billy Blanco, uma piadinha a respeito:
A mulher ficou entalada na privada. Gritou um pouco e quando percebeu que o zelador ouvira e já estava abrindo a porta de entrada, para atenuar o constrangimento, pegou o capacete do marido que estava no banheiro e se cobriu.
Solícito, o zelador tranqüiliza a mulher e, ao mesmo tempo, informa:
– A senhora pode ficar sossegada. Vou pegar as ferramentas, chamar um colega e vamos tirar a senhora daí.
Agora, o motoqueiro, o motoqueiro já era!!!
Paulo.
Vamos continuar na linha de pensamento de que está havendo grande inversão de valores na sociedade, família, etc. Tanto que você postou esse texto muito pertinenete: o trate univearsitário. Essa época do ano é sempre probelmática, porque o ingresso na faculdade que deveria ser motivo de alegria, na grande maioria se torna um acontecimento traumático. Tem aqueles calouros mais afitos que quebram a cabeça, o outro leva pontapés, o outro morre na piscina, e outros sofrem as mais bizarras humilhações dos veteranos.
Sou contra os atos violentos e humilhantes em trotes universitários, trotes com farinha, ovos, tintas, tesouras e máquinas de cortar cabelo.
Hoje a universidade, é vista com desconfiança pela sociedade. As repúblicas e festas universitárias são vistas como fontes de baderna (o que nem sempre são). Até os bancos oferencem contas universitarias com limites de credito, apostando no descontrole do consumo. Nossa realidade nos mostram que as pessoas saem das universidades sem condição para o mercado de trabalho
Acredito, que está na hora, dos universitários e as universidades, ocuparem sua real função valor na sociedade. Não importa aquela pessoa bem sucedida que estudou na Univesidade X. Importa a universidade e seus alunos, transformando a sociedade. O que precisamos são de profissionais que venham acrescentar em nossa sociedade, colaborando com artigos universitários, pesquisas, projetos, ações políticas. Precisamos de universidades que formem pessoas que pensam, e não como simples fornecedoras de diplomas. Precisamos de universitários, com objetivo de se formar para contribuir com a sociedade em que vive. E nada pior, do que começar a faculdade com um trote brutal, bem como cruel, e sem objetivo nenhum. Por falar em objetivo, poderiamos ter trotes com objetivos de contribuir com a sociedade.
Já existe trote cidadão. É aquele que os caloures orientados pelos veteranos contribuem de alguma maneira com a sociedade. Já existe desde 1998 uma campanha nesse sentido. Mais civilizado, não acha? O grande barato é a INTEGRAÇÃO UNIVERSITÁRIA. Pronto! A faculdade ajudando a sociedade, e mantendo a tradição do Trote. Sem tinta, sem violência, e com um objetivo!
Bjs.
Elizabeth.