Meio dia e meia de hoje, calor e sol de rachar.
No meu vagão do metrô, linha leste/oeste, sentido Leste, homem de uns 65 anos, magro, alto, com barba, óculos escuros, terno barato, riscado de linha de giz, sem gravata, mas com lenço de seda no pescoço. Ah, na lapela, um broche de metal de uma coruja. Aliás, ele e a coruja do broche se pareciam.
O sujeito não estava molestando nenhuma criança, tampouco alguma mulher, não falou que podia estar matando, estar roubando, e que apenas vendia balas.
Nada, ele não fez nada digno de nota, acontece que sua figura merecia uma crônica. Espero que ele encontre algum bom escritor, ou até mesmo pintor/caricaturista, que consiga retratá-lo em linhas/traços muito mais saborosas (os) do que essas.