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Príncipe Charles, Camila Parker, Senna, Raspadinha e Sapo

Ainda a propósito de o príncipe Charles ter sido chifrado por Camila Parker-Bowles.

Havia piadinha muito boa de quando o Senna namorou a Adriane Galisteu.  Na mesma época, ou um pouco depois,  ela posou para a Playboy raspando a ( como direi???) periquita.  Periquita  está delicado, não tá???  Lá vai a piada antiga, que pode ser aplicada a Camila Parker.

A antiga.

A Adriane Galisteu é uma mulher de sorte: ganhou na Senna e na Raspadinha.

Na verdade, a Parker é que é uma mulher de sorte:  não encontrou apenas um cabra macho mesmo que tivesse coragem para encará-la; achou dois!!!

Tá certo que o tal do Charles,  de príncipe só tem o título, porque está muito mais pra sapo,  e sapo feio!!!

Quiser ler, o Post sobre Parker Bowles,  Príncipe Charles e a grana que o Povo Inglês vai pagar,  clique

Príncipe Chifrado e Um Bilhão de Reais Extras De Gastos da Família Real Inglesa – Como o Povo Vai reagir???

Pelo mundo,  notícias de que o Príncipe Charles da Inglaterra descobriu que fora traído e pede Divórcio de Camila Parker-Bowles.  Parker-Bowles, por sua vez, quer receber de multa 320 milhões de euros, aproximadamente um bilhão de reais.

Sempre me encafifou que um povo pão duro como o inglês se conformasse em sustentar o fausto da Família Real.  Esse dinheirinho extra do contribuinte  não tem graça alguma, por mais que se diga eles  têm  senso de humor especial.

Vivi seis semanas na casa de uma família inglesa.  Veja meu relato, já postado aqui algumas vezes.  Aliás, título do Primeiro Post sobre o assunto era:  NÃO BANHO E MESQUINHEZ INGLESA

Na primeira vez que postei o texto sobre o assunto, houve mais de 50 comentários, número razoavelmente grande para os padrões do Trombone.

A leitura dele torna-se mais que oportuna nesse momento de sangria extra no bolso do contribuinte Inglês.

Com direito, no final, à receita de  ovos mexidos que aprendi com a mesquinha família inglesa.  Valem a pena ambos.  Não deixe de fazer os ovos mexidos.

NÃO BANHO E MESQUINHEZ INGLESA

Durante os dois meses que passei lá em Bournemouth, cidade ao sul da Inglaterra, próxima a Londres, viajei todos os fins de semana. (saia  sexta à tarde e voltava domingo para dormir). Assim, a questão dos três banhos semanais a que tinha direito foi ligeiramente amenizada.

Ainda no setor higiene,  jamais vi algum dos donos da casa (um casal, mais a filha) com cara de quem tivesse tomado banho.  O único contato que presenciei deles com a água não foi dos mais agradáveis.

Uma  Uma noite, entro na cozinha e o que vejo???  O dono da casa lavando a cabeça na pia da cozinha.  Na volta ao Brasil, contei isso para meu pai, que comentou com um amigo nosso inglês.  Ele  garantiu que era normal, na Inglaterra, as pessoas lavarem a cabeça na pia da cozinha. O porquê disso não fica claro.  Como disse Caetano, “eu não consigo entender sua lógica.”  Entender ou não entender não tem importância.  Grave é usar a louça e comer comida lavada na pia que também serve para lavar cabeça,  e sabe-se lá se não deixei de ver coisas piores…

Um leitor do Boca fala, até de maneira rude, do mal cheiro das inglesas (leia no comentário do post de ontem)  Ele  está muito bem acompanhado. Famoso e prestigiadíssimo  personagem da política,  tido como mulherengo,  diplomata em Londres, ao responder a uma amiga se havia gostado das Inglesas, foi taxativo:

– São bonitinhas, mas muito mal lavadinhas…

Voltando à minha experiência com a família inglesa,  passo aos pequenos  truques, golpinhos que me aplicaram.

Paguei aqui no Brasil uma determinada quantia para a Escola que freqüentei e outra quantia que foi diretamente para a família que me hospedou.

Está mais do que implícito que um quarto alugado durante o inverno em uma casa na Inglaterra tenha calefação.  Pois não é que a dona de casa me disse que a calefação não estava incluída e que eu deveria pagar.   Não quis brigar e concordei. Ela me deu o valor semanal da calefação. Argumentei que pretendia viajar todos os finais de semana e que preferiria pagar por noite a calefação, quando eu, de fato, estivesse usando.  Ela não concordou.  Cobrava sempre por sete noites, embora só ligasse cinco vezes por semana.

Eu e o Javier, mexicano que também estava ali hospedado,  éramos apenas meios de a dona de casa, landlady, reforçar o orçamento.  Nada além disso.

Perguntou-me ainda se eu queria que ela lavasse minha roupa e já foi logo dando o preço.  Falei que era coisa relativa: como ela já podia dar o preço sem saber quanta roupa seria?  Ela foi clara: esse preço é para a quantidade de roupa  que pessoa normal usa por semana : duas camisas, duas meias e duas cuecas. Agradeci e disse que eu mesmo levaria para a lavanderia.

Curioso é que mesmo quando queria ser simpática e mostrar eficiência, ela era seca e até meio rude.  Elogiei bastante os ovos mexidos do café da manhã. (scramble eggs, certamente escrevi errado) de lá. Imediatamente, me responde:

– Às terças e quintas  (lembro-me que eram exatamente esses os dias) tem.

Sou cara extremamente justo, o que é certo é certo e, como já disse e repeti, detesto desperdício.  A dona da casa pediu que avisasse sempre com antecedência quando fosse viajar no fim de semana, para que ela não comprasse comida para mim.  Perfeito.  Nada de desperdício.

Meu pacote de hospedagem compreendia: quarto de domingo a domingo,  café da manhã e jantar de segunda a sexta e as três refeições do sábado e do domingo.

Como já  disse,  todos os fins de semana, viajei.  Ou seja, deixei de consumir sete refeições a cada fim-de-semana.  Passei lá seis semanas, logo foram  exatamente 42 refeições que, embora tenham sido pagas, não foram consumidas.

Uma noite, durante o jantar, ela me pergunta em que dia eu iria embora.  Falei que seria dali a dois sábados.  Ela diz:

– Pois bem,  o café da manhã do sábado em que você vai embora, você vai ter que me pagar porque a escola só me paga até sexta-feira.

Eu falava legal  inglês e entendi perfeitamente.  Mas, por segurança, confirmei em Portunhol com o mexicano Javier.  Pedi que não comentasse nada, mas lhe disse que iria denunciá-la para a escola. E a escola, muito provavelmente  iria descredenciá-la na mesma hora.  Se eu tivesse consumido todas as refeições previstas, perfeito que ela cobrasse essa extra.

Detalhe: alguns brasileiros levam lembrancinhas típicas daqui, um anelzinho de água marinha e outras besteiras baratinhas para a dona da casa..  Eu havia levado  três quilos de café da melhor qualidade,  panela própria para esquentar a água, bule, coador e xícaras de porcelana pintadas a mão.  Isso não vem ao caso.  O que conta é que eu deixei de consumir 42 refeições e ela quis me cobrar um ovo, uma torrada e uma xícara de café (aliás, que eu havia lhe dado).

A história acaba assim: fui-me embora na 6. Feira.  Deixei barato, não denunciei na escola e  não teve o quebra-pau anunciado. Nesse momento em que escrevo, acho que agi mal: devia ter denunciado.

Ingleses não são efusivos, abraços e beijos não jorram por lá com parte de cumprimentos.  Mas é lógico que depois de conviver um mês e meio, por mais frio que sejam todos os envolvidos,  na despedida, apertam-se as mãos e até um beijinho e abraço  fazem parte da coisa.

Eduardo e Marina, brasileiros que iam comigo ao Aeroporto e passaram em casa para me apanhar de táxi, ficaram impressionados porque, já dentro do táxi, limitei-me a um aceno com a cabeça de despedida.

Quatro anos após, morei cerca de quinze dias em casa de família americana.  180º  opostos.  Conto logo mais.

Para terminar legal, a receita do fabuloso scramble eggs.

Ovos mexidos da Markham Road 103 – endereço da casa  da família em Bournemouth

Fazer uma torrada de pão de forma com manteiga.  Mantê-la quente.
Reservar.

Em uma panelinha pequena, derreter manteiga, quebrar um ovo e, quando começar a fritar, colocar uma colher de leite, diminuir o fogo, por sal e pimenta do reino.  Mexer e quando estiver no ponto (eu gosto mole) colocar sobre a torrada quente.   Comer acompanhado de  café forte servido na xícara grande.  É muito bom!!! Gotinhas de Tabasco, um pouco redundante, já que vai pimenta do reino,  também são bem-vindas (acho que agora bemvindo é tudo junto)!!!

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Deixando o aspecto simpático da receita e voltando à Mesquinhez deles.   O povo economiza água, banho, uma família chega a cometer desonestidades.  O mesmo contribuinte tem que pagar indenização para a família chifrada real  (em letras minúsculas mesmo) indenizar a chifradora!!!

Só rindo mesmo!!!

Depois dizem que brasileiro é que é cordato???  Talvez sejamos cordatos, eles são cordeiros,  aliás, seria mais apropriado nomeá-los bodes, por conta dos chifres!!!