Fabuloso Jorge Benjor, com precisão, definiu na Música Caramba:
– Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem.
Concordo plenamente com meu ídolo, ser honesto é a melhor coisa que existe. E mais, acho que o verdadeiro malandro, aquele sobre o qual Chico Buarque também já falou, pode muito bem chegar a essa conclusão, até mesmo para sobreviver.
Agora, nego/nega (porque existem mulheres também) ordinário(a) não tem jeito. Neles/Nelas, tudo é ordinário desde a qualidade do raciocínio até a conduta. O levar vantagem do Gérson, era tênue, muito tênue, perto de um ordinário(a). Acho que o ordinário é mais ou menos como o escorpião da fábula de Esopo.
O escorpião pede para a rã levá-lo a outra margem do rio. A rã disse que levaria, mas que ele não poderia picar, pois os dois morreriam. No meio da travessia, o escorpião crava o ferrão na rã. A rã diz que ambos vão morrer e não entende a atitude do outro. O escorpião:
– É a minha natureza!!!
Pois bem, a ordinarice é a natureza de muitas pessoas e eles são ordinários 24 horas por dia, desde muito jovens até a morte. Azar delas e de quem é obrigado a conviver com elas.