Teoria verdadeira no Brasil: avô rico, filho nobre, neto pobre (lógico que há exceções, ainda bem). Meu querido amigo José Vaidergorn diz que com intelectual é semelhante: filho de intelectual já é uma merda; neto, então, nem se fala.
Isso se aplica em geral na sociedade. Filhos da maioria dos profissionais de grande destaque seguem a carreira do pai. Mas, ao invés de serem eles mesmos exercendo a coisa, parece que ficam pensando algo do gênero:
– O que será que meu pai faria nessa situação para eu fazer igual???
E aí o filho, para quem a genética passou os olhos e cabelos do pai, mas não o talento, se transforma em um pastiche, ou melhor, um simulacro, para não dizer – conforme a definição dos intelectuais do meu amigo – uma merda, que, por óbvio, só vai fazer merda.
Como diz a garotada de hoje:
– Simples assim.
Que a vida me afaste cada vez mais desses tipos.