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O CLIENTE NUNCA TEM RAZÃO

É muito curioso ler seções de cartas de leitores/consumidores nos jornais e revistas. Curiosas são as cartas dos leitores. 

Já as resposta dos prestadores de serviços reclamados são estonteantes.  

Estonteante em geral  é aplicado no sentido de deslumbrante, maravilhoso.  Entretanto, também quer dizer tornar tonto.  E é exatamente isso que os departamentos de marketing das empresas tentam fazer nas estapafúrdias respostas que  publicam.

Guia da Folha de Hoje traz duas cartas que  chamam  a atenção. Leitora reclama que foi a um cinema onde havia várias salas e o som de um filme invadia a sala onde outro filme estava sendo exibido. A gerente de Marketing pede desculpas, diz que vai verificar o que aconteceu,  afirmando ainda que nunca havia recebido reclamação semelhante. 

Ora, o mínimo que o responsável pelo transtorno deveria fazer seria pedir desculpas de forma sincera, oferecer entradas para um novo filme e até mesmo o dinheiro do táxi de ida e volta para a cliente. Chegando ao cinema, o espectador deveria ser recepcionado por algum gerente que lhe oferecesse café ou refrigerante. E no final do filme, esse mesmo gerente o aguardaria para saber se dessa segunda vez tudo correu bem.  Isso seria o mínimo dos mínimos.

Em outra carta, no mesmo Guia da Folha,  leitor comenta a resposta que o diretor do  teatro de Importantíssima Instituição Financeira havia dado anteriormente. O diretor na primeira carta justifica os problemas dizendo que o  estabelecimento encontrava-se em “soft opening”.  O segundo leitor diz que se o teatro “encontrava-se em Soft Opening,  também deveria praticar “soft prices” e não cobrar valores correspondentes a uma casa preparada para funcionar  com toda qualidade. 

“Soft open”??? Que babaquice é essa??? Dizer  que o teatro está abrindo as portas para um período de treinamento talvez seja considerado pobreza intelectual: onde já se viu, teatro importante não falar em “Soft Open”???  Chique é terminho em Inglês!!!
 
E o Boca é obrigado a adotar um novo Bordão, dessa vez plagiado do cancioneiro nacional,  digo, brazillian songs:   Se Mandioca fosse americana, farinhada era comida de bacana!!!