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ROJÕES

Na Internet, agora, a notícia de que o cinegrafista Santiago Elídio Andrade, da Band, atingido por rojão na quinta-feira, dia 6, teve decretada  morte cerebral.

No caso, ele foi atingido por um rojão.  De qualquer forma, fogos de artifício são perigosíssimos e só deveriam ser acionados por profissionais.

Dois episódios.

Funcionário de conhecido meu, dizendo conhecer fogos, havia combinado e acertado pagamento para cuidar do foguetório em determinada festividade.

Poucas horas antes da festa, telefona e disse que não poderia ir porque estava com problema.  E deu uma desculpa esfarrapada.  Meu conhecido,-  na ocasião, sujeito muito rico, hoje, coitado, está híper falido, –  é taxativo:

– É melhor  vir cuidar dos fogos.  Caso contrário, terá dois problemas: esse que você diz ter e procurar novo emprego.

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7 de Junho de 1970.  Copa do México.  Jogo difícil e tenso aquele Brasil e Inglaterra.  Jairzinho marca o único gol da partida.  Para comemorar,  acendo rojão forte de um tiro.  Quando acendi, que me dei conta da imbecilidade que havia feito.  A mim me pareceu uma infinidade de tempo daquele pavio aceso e nada de o  rojão subir.  O pavio aceso e eu pensando:

“E se essa merda explode aqui e eu perco a mão.”

O rojão subiu, deu tudo certo. Mas  7 de junho de 1970, para mim,  ficou marcado  como o primeiro e último dia em que soltei rojão na minha vida.  E assim será até 2054, quando completo 100 anos.  Estourar champagne é muito mais sensato e literalmente mais saboroso.  Soltar rojão, apenas se no dia 8 de abril desse ano  baixar Jesus Cristo e, olho no olho, me garantir que não tem perigo e, de quebra, me conceda bônus de mais  vários anos aqui na Terra com saúde plena.