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Alckmin, Sapos e Chuchu

Na primeira página da Folha de Hoje, “Alckmin busca aliança que lhe dê o maior tempo da TV”.

Como dizia ex-namorada, deixa eu entender.  O ex-governador une-se a partidos,  não que tenham, necessariamente,  convergências ideológicas, mas visando tempo na TV?

Não sou tão ingênuo e sei que muitos candidatos fazem e/ou farão assim, visando a coisa idêntica.

Frase minha: “A política é a arte de engolir sapos”, com cara de quem está saboreando lagosta.*

Sobre o apelido de Alckmin,  Picolé de Chuchu, referência à falta de carisma do político, eu acho de uma injustiça imensa – injustiça com o Chuchu.

Quiser ler mais sobre esse ininteligível mundo  da política/políticos ( pelo menos para nós, cidadãos comuns), clique aqui.  Mas atenção à advertência: leia em doses homeopáticas, muito disso ao mesmo tempo fará mal à sua saúde.

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*A primeira parte da frase é de  domínio público.

Ministra do Trabalho Condenada Pela Justiça do Trabalho, Era o que Faltava

“A nova ministra do Trabalho, Cristiane Brasil”, filha do já famoso Roberto Jefferson, “foi condenada em 2016 a pagar divida trabalhista de R$ 60,4 mil a um motorista que prestava serviços para ela e para sua família, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) confirmada em segunda instância.”

Frase de domínio público: “No Brasil, a falta de consciência profissional é tão grande que traficante cheira e puta goza.”  Completei com cena que presenciei “e eu vi um bilheteiro raspando uma raspadinha.

“Uma das razões, entre outras, é que a carga horária do funcionário era de cerca de 15hs por dia, de acordo com o juiz Pedro Figueiredo Waib, que condenou em primeira instância.”

Tratava-se de um motorista faz tudo. Aí é a tal história, quem nunca comeu melado…

Alguém precisa de motorista 15 horas por dia?

Bilheteiro raspando raspadinha é problema dele, agora Ministra do Trabalho  condenada pela Justiça do Trabalho já é muito demais da conta.  Dá pra discordar?

Ah, Se eu Fosse O Mike Tyson, o Anderson Silva…

Comprei um aspirador de pó portátil, sem fio, para o carro.  Ainda não usei.

Tô pensando  em ir com ela ao cinema.  O/A sujeito(a) começou a comer pipoca ao meu lado, eu meto o aspirador naquele balde e fim do problema.

Ah, se eu fosse o Make Tyson, o Anderson Silva, não  pensaria duas vezes…

Deveria começar o texto por essa parte abaixo, a coisa chata.

Outro dia, eu e minha namorada no cinema.  A búfala ao meu lado e seu balde de pipoca não pararam de fazer barulho.  No começo, eu ainda fazia uns “psiu”!  Depois, desisti.

Pois não é que ao final do filme, a búfala veio falar comigo e disse que eu deveria assistir filme em casa em DVD se não gostava de gente comendo pipoca ao meu lado.

Quando éramos crianças, os cinquentões/sessentões  de hoje, ouvíamos com frequência, da boca de tios, avós e pais a civilizada norma vigente:

“Meu filho, a sua liberdade vai até onde começa o direito do próximo.”

Hoje o que impera é exatamente isso aí – mas ao contrário: a liberdade dos vândalos/búfalos é infinita;  o cidadão, por sua vez,  se torna a cada dia mais acuado, cerceado em seus direitos essenciais.

Voltando à parte divertida, com a qual deveria terminar e não começar o texto:  Se eu fosse o Mike Tyson, o Anderson Silva…, meu aspirador portátil de pipoca (digo, de carro) teria muito trabalho.

Quiser ler mais sobre pessoas sem educação agredindo cidadãos, clique aqui

 

“Decisão Decisiva”

Tome uma decisão fácil e barata para 2018 e, se possível, para todos os anos seguintes.  Não use Folhinha de Mesa/Calendário de Publicidade, sobretudo o  da Caixa Econômica Federal, aquilo é o retrato de coisas chatas do dia a dia, o dia inteiro, todos os dias do ano,  piscando diante dos seus olhos.   Você não merece tal estresse permanente, pessoa alguma merece.

Paguei cerca de R$ 5,00 por um calendário,  até agora, o melhor investimento para o ano que se inicia.

Acabei de inaugurar.  Meus olhos e mente agradecem.  Tenho certeza de que os seus também lhe serão gratos os próximos 365 dias e, se o bom senso imperar, o resto de sua vida.

Microconto* – Escadaria

Alpinista Social ficou  fora de si   ao ver   que na casa do sujeito  a  escadaria  era de  mármore carrara.

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Observação – não defino o sexo da personagem, porque, pelo que tenho observado, há  alpinista social de todos os quatro (ou serão mais?) sexos.

*118 dígitos, incluindo o título

Ordem Direta

Ele tinha paciência de santo para ouvir as histórias da namorada, sempre, minuciosamente,  contadas na ordem direta.*
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* Ordem direta:
Ao invés de a pessoa falar: tomei um taxi e o taxista me contou que a  filha dele  era a Ministra da Fazenda; a pessoa reproduz diálogos. Assim, olhem:
– Paulo, eu entrei no taxi e adivinha o que o motorista me contou.
O motorista me disse:
– A senhora não vai acreditar no que eu vou lhe contar.
– Eu estou curiosa.
– Pois bem, eu vou repetir:
– A senhora não vai acreditar.
– Poxa, estou cada vez mais curiosa.
– Então, eu vou lhe contar.
Aí o motorista me disse:
– Minha filha é Ministra da Fazenda.

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Não há como discordar: é insuportável; acho que até mesmo para santo.

Constatação

Em reuniões sociais com pessoas inconvenientes, o segredo é ficar à margem; observar. Você não se expõe, não corre riscos. E tem lucro: esses tipos rendem ótimas histórias.

Recentemente me comportei  assim  e foi maravilhoso. Tá certo, ainda não produzi  um microconto, mas tive  motivo/assunto para boas  risadas em conversas com outros amigos.

E espero que eu e meu teclado transformemos isso em crônica.