O “Poder” da Crítica não Especializada

Li certa vez que você e eu  exercemos muito mais poder de convencimento sobre nossos parentes, amigos e conhecidos do que um crítico especializado.  Quando o leitor se depara com uma crítica propriamente dita no jornal/revista/internet ou, seja lá o canal que for, ele pensa mais ou menos assim:

 Sei não, esse cara aí deve ser todo intelectualizado. E  certamente,  se ele está gostando desse filme/peça, é porque ele consegue perceber coisas que eu talvez não perceba e por isso  eu nem vá  gostar  por ser algo complicado demais. 

Desse modo, lançando mão dos meus exemplos radicais, conclui-se: para a milionária indústria cinematográfica americana, é muito mais importante e tem muito mais poder de convencimento se seu vizinho ouvir de sua boca que você gostou muito de determinado filme, com orçamento de dezenas de milhões de dólares,  do que se ele ler isso na imprensa. 

Exemplo rápido e definitivo.

Meu   ótimo amigo e ex-vizinho de parede  José Eduardo, quando colocou a filha Giovana na escola, já com cinco anos de idade, me disse que tomou aquela decisão a partir de conversa que tinha tido comigo quatro anos antes.  Na ocasião reproduzi o que ouvi de talentosíssima pedagoga em palestra.  Dizia ela – tudo isso há uns 25 anos -:

– A escola massifica.  Pois bem, alguém pode argumentar que todos nós aqui fizemos escola, mas  somos críticos e temos bom senso.  Acontece que nossa geração entrou na escola com cinco, seis anos.  As crianças hoje vão para berçários com meses e pra “pré-pré-pré -maternalzinhos” com menos de um ano de idade.

É óbvio que pouco entendo de educação, mas minha opinião assertiva e ponderada  foi  fundamental  na vida da filha de um amigo. 

Voltando às críticas não especializadas, agora já com um pouco mais de prestígio (para as críticas, não para mim).

Fiz alguns cursos de cinema, estudei pouca coisa sobre teatro na faculdade e entendo razoavelmnte de gastronomia.  E é exatamente esse conhecimento pouco superficial (sobre gastronomia entendo um pouco mais)  que tenho acerca desses assuntos que, paradoxamente, me credencia para fazer críticas e comentários de boa aceitação para o leitor comum que está a busca de opinões de comuns como ele sobre os mais diversos temas.

Por isso, nessa categoria CRÍTICA NÃO ESPECIALIZADA vou dar opinião de leigo sobre os mais diversos assuntos.  Aqueles que, além de gostarem da maneira como eu escrevo, me considerem sujeito de bom senso podem, de vez em quando, dar ouvidos/passar os  olhos às (por)  essas minhas críticas sem critérios rígidos. 

Desejem-me boa sorte!!!

1 pensou em “O “Poder” da Crítica não Especializada

  1. Ola Paulo, ja li e gostei…Terei tempo um dia desses de fazer um trabalho melhor para te enviar. Mas gostei tanto que já te colcoquei no meu facebook , aliás essa pagina de acesso. Quanto ao filme “O discurso do rei”, creio ter sido interessante pois foca nas dificuldades de uma pessoa receber essa incumbência de ser REI, e a luta de cada um. Nesse caso do George VI, muito elegantemente representado pelo Colin FIRTH, ver seu sofrimento com as grandes decisões, e o esforço para manter uma posição Real.Tambem seu irmão que abdica, sofre pois, seria obrigado a perder a mulher que ele amou , pois era divorciada e contra as normas da Coroa. Entende-se que essas posições politicas e de demando , são para os fortes…e melhora ainda quando os fortes tambem tem cultura e sensibilidade.
    Um bom filme!!!

    abs

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