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A Novela das Sacolinhas Plásticas – Leia Até o Fim. Garanto que Não vai se Arrepender

E a novela das sacolinhas plásticas não termina jamais.  Desde o último sábado, o comerciante pode voltar a cobrar do cliente.

A  Magna Carta  ” Constituição da Inglaterra”   é de 1215;  está em vigência até hoje.  Observe:  Trata-se de uma “Constituição”.

Aqui, a cada seis meses, mudam as “leis” a respeito das famigeradas sacolinhas plásticas.

Acima, o Fim da Picada 1.

Fim da Picada 2, que está mais para piada:  a sacolinha distribuída gratuitamente polui; a cobrada, não.

Na melhor das hipóteses, trata-se de mesquinharia que não tem tamanho.

Em uma das vezes que a lei mudou,  a sugestão era que o estabelecimento comercial fornecesse caixas de papelão aos clientes. Suponho que isso ainda aconteça, o que não deixa de ser um insulto.

Naquela ocasião, escrevi o que segue abaixo.  Leia porque vale a pena, vale muito a pena.  Melhor do que ler o que eu escrevi, seria se, de fato, a minha ideia fosse posta em prática.

Imagine uma dona de casa, ou mesmo um homem fortíssimo, que ao passar em frente ao supermercado se lembre de que precisa:  duas latas de refrigerantes,  três garrafas pequenas de cerveja, um vidro de maionese, três latas pequenas de extrato de tomate, meio quilo de linguiça,  uma lata de manteiga,  um vidro de cera líquida, um sabão em pó e um amaciante.   Duas sacolinhas (talvez quatro – duas para reforçar), a coisa está resolvida e nossas personagens podem voltar tranquilamente para casa.  Agora, se elas receberem duas caixas de papelão,  como é que vão chegar em casa???  Nem que ganhem  a vida como malabaristas de sinal fechado, vão conseguir equilibrar uma caixa em cada mão com as coisas de limpeza em uma e as comidas/bebidas em outra, dançando de lá para cá, nas duas caixas!!!

Aliás, seria interessante se alguma Emissora de Televisão  fizesse o seguinte teste.

Colocasse as compras que eu sugeri em duas sacolinhas e também em duas caixas de papelão, precisam ser duas caixas, já que não se deve misturar produto de limpeza com alimento.

As duas sacolinhas seriam entregues a um cidadão qualquer ou a uma cidadã qualquer.  As duas caixas seriam entregues para a autoridade que inventou a lei (ou alguém de sua equipe).  Pronto.  A autoridade e a cidadã ou cidadão  sairiam do supermercado uma ao lado da outra e deveriam percorrer oito quarteirões.  Esse percurso seria filmado e levado ao ar no principal jornal da emissora.

Não estou querendo tirar emprego de humoristas de chanchada.  Mas bem que o infeliz/a infeliz  da autoridade que inventou essa lei merecia ser submetida a esse teste;  mas MERECIA  MESMO!!!

As autoridades inventam e inventam,  já que elas não vão a supermercados, tampouco saem a pé.  Autoridades são para ficar em casas fortificadas,  em repartições  com dezenas de seguranças ou então  ou sentadas nos bancos de trás de automóveis com vidros nigérrimos.

Por tudo isso, é que a população merecia o espetáculo de ver a autoridade tendo que se transformar em malabarista e, insulto maior, andando pelas calçadas como se fosse igual a um de nós!!!

De minha parte, faria questão de assistir ao vivo a cena.

E mais,  caminharia ao lado da autoridade e ficaria dando incentivo o tempo inteiro. Diria coisas do tipo:

– Vai, falta pouco, só mais cinco quarteirões..

– Doutor, o cachorro tá lambendo sua linguiça, digo, a linguiça que caiu da caixa, trinta segundos atrás.

Adoro Rolling Stones, mas se recebesse ingresso grátis para show deles e fosse na mesma hora dessa corrida, garanto que estaria na corrida.

Televisão Ligada 24 Horas por Dia

Suponho que as crendices do tipo comer manga com leite faz mal, gato preto cruzando o caminho traz má sorte, apontar estrela com dedo faz nascer verruga, sexta-feira 13 é dia de azar sejam meras superstições. Não ajudam, mas também não atrapalham e, principalmente, ninguém se beneficia delas.

Já o mito que se criou de que ver televisão no escuro faz mal tinha  um objetivo claro: imbuir na cabeça de todo mundo que a televisão não precisa de uma atmosfera   propícia para ser vista.  Usei o verbo no imperfeito (tinha) porque hoje não tem mais.  O objetivo foi mais do que atingido.  Televisão ligada 24 horas por dia  passou a fazer parte do mobiliário de todo o lugar a  que se vá.

Na mesa ao lado da minha em um agradabilíssimo restaurante de Ubatuba, senta-se um jovem casal com uma filhinha de uns cinco anos.  A menina trazia uma pequena tv portátil e dezenas de dvds que ela  botou para assistir durante o jantar.  Se no dia do seu casamento a hoje menininha  levar uma versão  em miniatura dentro de um óculos para o altar, não ficarei nem um pouco surpreso.   Aliás, suponho que essa televisão estivesse  instalada no carro da infeliz família  para  assistir (inclusive quem está guiando) enquanto se locomove.   Se é proibido não sei.  Já vi.  Se não é proibido,  deveria  ser: tanto no trânsito quanto cometer a indelicadeza de levar um trambolho para incomodar os vizinhos de restaurante.  Literalmente, para usar bordão do Boca, búfalos em férias!!!

Véspera de Copa do Mundo, nos pouquíssimos  lugares onde não havia televisão, elas começam a ser instaladas.   A Copa acaba e elas não serão desinstaladas.  Já há quase um celular para cada brasileiro.  Creio que exista mais de uma televisão por  bar/restaurante aqui no Brasil.  É aporrinhhação que não tem fim!!!

Televisão em bares/restaurantes deveria ser determinado pelo bom-senso e educação que seria  ligada em uma única oportunidade: jogo do Brasil na Copa do Mundo e só.  Aliás, em consideração aos garçons/funcionários e todos aqueles que estejam trabalhando porque ou bem se assiste ao jogo ou bem se janta/almoça.

Frase minha sintetiza bem a coisa.  Podia ter poupado todo mundo de tantas palavras e colocado apenas a frase.  Lá vai:

O sujeito sai para jantar fora, mas a televisão não pode “sair pra fora” do jantar dele.

E quem não é búfalo que durma (coma) com um barulho desses!!!