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Epitáfios – Dá para rir (e muito) com a Coisa

Como ninguém é de ferro, com todo o respeito pelos que já se foram, vamos rir um pouco com a coisa.

Para continuar vendo aspectos curiosos/divertidos da morte,  lá vão os  Epitáfios, propriamente ditos –   as cerejas dos bolos   (túmulos). Alguns, infelizmente,  já imortalizados;   outros,  ainda à espera da partida de seus criadores e os terceiros, genéricos.

Dois   aguardando a híper distante (assim esperam seus autores)  inauguração: do amigo Vásqs, o bam bam bam das microcrônicas, e o meu:

Vasqs:

-Quem foi o filho da puta que pixou o meu túmulo?

(* vide observação ao Final)

Eu:

– Enfim, o silêncio.

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Epitáfios em uso, uma vez  que os autores, propriamente ditos , aqui na terra, pelo menos, já estão em desuso *

É uma honra para o gênero humano que tal homem tenha existido.”  – Na lápide de Isaac Newton, na Abadia de Westminster

“O tempo não pára…” Na lápide de Cazuza, no Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, RJ

“Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino.”Epitáfio sugerido pelo próprio escritor mineiro (1923-2004)

“Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade sem esperar resposta.”Frase inscrita na lápide de Villa-Lobos, no cemitério de São joão Batista, no Rio de Janeiro

“Assassinado por imbecis de ambos os sexos.” Nelson Rodrigues, cronista brasileiro

“Aqui jaz, muito a contragosto, Tancredo de Almeida Neves.”Tancredo Neves, famoso político brasileiro que exprimiu seu desejo nesta inscrição mas sua família preferiu fazer outra em sua lápide

“Terra minha amada, tu terás os meus ossos o que será a última identificação do meu ser com este rincão abençoado.”Inscrição que foi realmente colocada na lápide de Tancredo Neves, político brasileiro

“Foi poeta, sonhou e amou na vida.”Álvares de Azevedo, escritor brasileiro
“De volta às cinzas.”Rubem Braga escritor brasileiro
Preferia estar vivo, nem que fosse na Filadélfia.”- W. C. Fields

“E agora, vão rir de quê?”- Chico Anysio, humorista brasileiro

“Aqui, ó.”- Ivan Lessa

“Absolutamente contra a vontade.”- Luís Carlos Miéle

Epitáfios Aguardando Inauguração – Espera-se que assim permaneçam por muitas décadas ainda.

Te espero lá!”  -Roger Moreira, músico brasileiro

*”Desculpe a poeira”.Dorothy Parker

* “Enfim, magro.”Jô Soares

*”Já me fui mas aqui estou.”- Antônio Carlos

*”Morri de tanto viver.”José Luiz Maranhão , autor do livro ‘O que é morte’.

*”Eu disse a vocês que um dia estaria aqui. Estão vendo como eu tinha razão ?” Marcelo Mendes de Oliveira

Hipotéticos/Genéricos, de acordo com a profissão ou caractérística marcante – Escolha o seu 1 *

Do bêbado: Enfim sóbrio.
Do rico: Enfim duro.
Do invocado: Tá olhando o quê?
Do maldoso: Chega aí!
Do funcionário público: Dirija-se ao túmulo ao lado.
Do judeu: Alugo vagas.
Do crente: Fui! … Pro Céu!
Do espírita: Volto já!
Do policial: Circulando! Circulando!
Do prevenido: Abrir de hora em hora.
Do comerciante: Fechado pra balanço.
Do sambista: Sambei!
Do bailarino: Dancei!
Do viciado: Do pó ao pó.
Do folgado: Não perturbe!
Do político: Procurem meu advogado!
Do paquerador: Você vêm sempre aqui?
Do bombeiro: Apaguei!
Do açougueiro: Desencarnei!
Do arquiteto: Fiz a passagem!
Do sapateiro: Bati as botas!
Do terrorista: A morte é uma bomba.
Do humorista: Não achei graça!
Do piadista: E agora, vão rir de quê?
Do inadimplente: Amanhã eu pago!
Do gordo: Enfim magro.
Do naturista: Preferia estar vivo, nem que fosse em São Paulo!
Da bichinha: Virei purpurina!
Do mano: Rapei fora!
Do cagão: Morri de medo!
Do ignorante: Si matei-me!
Do torcedor: Flamengo até morrer.
Do confeiteiro: Acabou-se o que era doce!
Do ginasta: Consegui! Dei um salto mortal!
Do jóquei: Cruzei o disco final.
Do maluco: Tô só fingindo!
Do crítico: Não gostei!
Do Elvis Presley: Não morri.
Do juiz: Caso encerrado.
Do eletricista: Foi um choque!
Do obstetra: Parto sem dor.
Do mineiro: Trem ruim sô!
Do sindicalista: Greve por tempo indeterminado!
Do hipocondríaco: Não falei que eu tava doente?

Mais hipotéticos, também de acordo com profissão ou característica marcante – Escolha o seu 2*
ARQUEÓLOGO – Enfim, fóssil.
ASSISTENTE SOCIAL – Alguém aí, me ajude!
BROTHER – Fui.
CARTUNISTA – Partiu sem deixar traços.
DELEGADO – Tá olhando o quê? Circulando, circulando…
ECOLOGISTA – Entrei em extinção.
ENÓLOGO – Cadáver envelhecido em caixão de carvalho, aroma formal e after tasting, que denota a presença de.microorganismos diversos.
ESPIRITUALISTA – Volto já.
FUNCIONÁRIO PÚBLICO – É no túmulo ao lado.
GARANHÃO – Rígido, como sempre!
GAY – Virei purpurina.
HERÓI – Corri para o lado errado.
HIPOCONDRÍACO – Eu não disse que estava doente?
HUMORISTA – Isto não tem a menor graça.
JANGADEIRO DIABÉTICO – Foi doce morrer no mar.
JUDEU – O que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando conta do lojinha?
NINFOMANÍACA – Uau, esses vermes irão me comer todinha!
PESSIMISTA – Aposto que está fazendo o maior frio no inferno.
PSICANALISTA – A eternidade não passa de um complexo de inferioridade mal resolvido.
SANITARISTA – Sujou!
SEXY SYMBOL- Agora, só a terra vai me comer.
VICIADO – Enfim, pó.

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* Fontes – Sites na Internet (Todos que estão acima, exceto o do Vasqs e o meu, logo na abertura)

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Quem quiser mandar sugestões de Epitáfios para si próprio ou  para famosos/celebridades, só publicar nos comentários.  Quem sabe não dá novo post.
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* A propósito de morte,  não Morra antes  de Visitar a Página do Amigo Ferando Vasqs no Facebook, CALOROSA SALADA  ou ler o seu livro  OSTRAS AO VENTO.  Vasqs é amigo citado no início deste texto,    aquele  que já mostrou  indignação furiosa se lhe pixarem o túmulo   Clique aqui

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Mais uma coisa para fazer antes de morrer, leia aqui no Boca o texto do leitor amigo Sidney Barbosa, sobre temas correlatos.  Texto do Sidney, garantia de boas risadas, Clique aqui Em tempo, leia os outros comentários do Sidney que aparecem nesse último link.

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Para terminar, frase nova minha.  De certa forma, um consolo…

Tá pra nascer o nego que não vai morrer!!!

Voltando ao Trombone – Posto dois Microcontos

Vou tentar postar com regularidade aqui microcontos, que tenho escrito diariamente, a partir de agora.

Faço parte de Dois Grupos de Microcontos no Facebook em que são dadas Palavras do dia e os inscritos devem escrever microcontos.

Lá vão as duas palavras do dia – de hoje – e respectivos microcontos:

MICROCONTO 1 – PALAVRA DO DIA – 10/11/2019  IMÓVEL

Antes dos 65 anos, foi atacada por doença estranha que a tornou imóvel.  Conhecidos e parentes comentavam: – Pelo jeito,  o material de que é composta é tão ordinário quanto o  caráter dela.

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MICROCONTO 2 – PALAVRA DO DIA 11/11/2019 – T0RRE

Ao saber da morte daquela ordinária,  falou: – Que ela torre no Inferno. Arrependeu-se:  a combustão produziria  gases tóxicos, em tal quantidade,  que invialibilizaria   o Universo.

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A personagem das duas histórias é a mesma.

Espero conseguir manter alguma regularidade.

Segunda Morte

Soube essa manhã da morte  de pessoa muito querida, muito idosa de quem, por conta de  correria da cidade grande,   circunstâncias diversas enfim, estava afastado.  Não sei se  já se encontrava  doente, mas confesso que  fiquei satisfeito de saber hoje de sua morte.  Afinal, há  cerca de uns cinco anos, conhecido  dela  comentou comigo que havia  morrido.   Descobrir que excelente  pessoa  ganhou  prorrogação de cinco anos,  não há quem não goste, né???

Morte, Velório, Cemitério – Dá Até para se Divertir com Isso – 1-

Morte e suas conseqüências em cascata (velório, caixão,cemitérios e epitáfios) são as únicas certezas que todos  temos.

Ao escrever  o que eu quero em meu muito distante  epitáfio, descobri que o assunto é vasto e, creiam, divertidíssimo  Há alguns sites de epitáfios verdadeiros –  já  em uso – e imaginários.   Como eles são a cereja do bolo, digo, túmulo,  obrigatoriamente, ganham um post próprio.

Para começar, três frases muito divertidas sobre velório.  A primeira, do meu amigo Mário Michel Cury; a segunda,  do grande mestre Samir Meserani que, infelizmente, já teve o seu velório.  A última é do meu pai, Hiram Mayr Cerqueira, que aos 91 anos, pelo que parece, e eu desejo, vai continuar por muito tempo passando ao largo desse tão desagradável episódio que marca o início da vida eterna.

  • “O velório é a única solenidade em que o homenageado permanece ausente.”
  • “O velório é a única solenidade em que o homenageado permanece ausente. Embora de corpo presente”
  • “O velório é a única solenidade em que o homenageado está impedido de se manifestar.”

Rita Cadillac, rainha do rebolado, teria declarado que queria ser velada de bruços para poder ser reconhecida.

Sobre cemitério, boa frase, dita por uma senhora ao meu lado em restaurante. Perguntei de quem era.  Ela não sabia.

A frase.

“O cemitério está lotado de pessoas imprescindíveis e insubstituíveis.”

Piadinha ótima.

Dois amigos  jogavam futebol muito bem, mas muito bem mesmo.  A preocupação deles era se havia futebol depois da morte.  Combinaram que o que morresse primeiro faria o possível e o impossível para avisar o outro.  Um morre muito jovem e cumpre a promessa.  Aparece para o outro e diz:

– Legal, meu; muito legal.  Lá em cima tem futebol, tem futebol.  E você  já está escalado para o jogo do mês que vem!!!

Como se sabe, em S. Paulo, só pessoas que já morreram podem dar nome às ruas, praças e avenidas.    Estávamos eu e meu pai de carro pelo  Morumbi.  Alguns dias antes, havia contado essa piada em casa.  Meu pai viu o nome de uma rua, repetiu alto e disse que aquele havia sido seu contemporâneo na Faculdade.  Mais uma rua e ele lembra  que esse segundo era Juiz no tempo em que começou a advogar. Ele falou o terceiro e eu disse:

-Pai, pára com isso.  Logo mais um desses seus conhecidos vai aparecer e dizer:  Hiram, já estamos polindo a placa da sua rua!!!

Meu tio Maurício Goulart, irmão da minha mãe,  escritor, usineiro,  deputado federal, fundador da cidade de Fronteira, entre S. Paulo e Minas, às margens do Rio Grande,  era das pessoas mais exóticas que já pisaram a terra.  Construiu no Pacaembu uma casa sob medida para ele e suas idiossincrasias.  Era uma casa grande mas com apenas  um ou dois quartos e uma suíte.  Nessa suíte, havia   imensa cama redonda de alvernaria (que ele dizia ser a primeira cama redonda do mundo).  A piscina tinha um desenho diferente, cheio de curvas e mil outras peculiaridades.

Lá pelas tantas, ele quis vender a casa.  Óbvio que nenhum comprador se interessou por coisa tão excêntrica.

Aparece um maestro argentino.  E todos os predicados malucos que ele via, exclamava entusiasmado:

– Oh, cama redonda, mui bueno  para mi chica.   Piscina Diferente, mui bueno para mi chica.

Meu tio, animadíssimo com a perspectiva de livrar-se do abacaxi.

Na saída, ao ver o muro alto e sem fim bem em frrente, o Maestro quis saber do que se tratava.  Meu tio disse que era o cemitério.  O maestro:

– Cemitério???!!!  Muy malo para mi chica!!!

E nunca mais apareceru!!!

Nos cemitérios, os epitáfios, capítulo muito especial.  A seguir.