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Presidente, fuja do Assédio com Classe.

Imaginando o inferno de chavequinhos (conversas chatas, entre outras coisas) que o Presidente Lula deve estar sofrendo para preencher os 15 ministérios restantes, caso do fabuloso Governador Tancredo Neves.

Sujeito chegou para ele e disse:

– Governador, comentam que o senhor está pensando no meu nome para a Chefia da Casa Civil.

Tancredo:

– Exatamente, meu filho. Você diga que eu o convidei e que você não aceitou.

Crônica – Um excelente Jantar.

Faz tempo que não posto aqui e decidi bem nesse momento de polêmica incandescente.

Não, mas não é para entrar nessa,  é apenas para contar um episódio eleitoral.

Lá vai:

Domingo dia da eleição Collor x Lula.  Havia combinado de ir com meu pai e os amigos dele jantar no Forcheta D´Oro.   Desde sempre,  eles jogaram um pôquer baratinho, depois de terem almoçado com as famílias.

No grupo,  eleitores de Lula e Collor.  Lógico, velhos, falando de política, aquela discussão em voz alta.  Meu pai tinha verdadeira ojeriza a   desrespeitar o direito do próximo, ainda que infimamente.  Assim, na hora de sairmos para o restaurante, ele deixou  claro.

– Bem, não vamos mais discutir política.  Haverá outras pessoas no restaurante e não podemos incomodar ninguém.

Todos concordamos.

Um quarteirão antes de chegar, reluzente no estacionamento, todos vimos  um dos Mercedes do saudoso Mário Ferman,  médico pernambucano amigo nosso.  O carro estava coberto, literalmente coberto, de propaganda do Collor.  Mário, além de falar “pernambucano”, com sotaque carregado, falava muito, muito,  alto, sobretudo a respeito de política.

Como no nosso grupo havia alguns eleitores do Lula, ele nos saudou, falando, corrijo, gritando:

– P E R D E R AM!    P E R D E R A M!

E o Mário não parou mais de gritar.

Uma hora depois,  sai de outra sala  um senhor de uns 80 anos com a mulher, a filha e o neto.  Ele  pára na nossa mesa e diz:

– Espero que os senhores tenham excelente jantar.

O que ele quis dizer era óbvio:

– Espero que os senhores tenham excelente jantar, coisa que vocês não permitiram a mim e à minha família.

Pois não é que o Mário, sempre que nos encontrava , fazia questão de se lembrar do episódio, inclusive repetindo a frase que o  senhor falou e, lógico, sem jamais se esquecer da parte engraçada –  Coisa que vocês não permitiram a mim e à minha família.

Sarita, diretora de prestigiado colégio judeu,  me contou há cerca de um ano que o Mário havia morrido.

Tenho absoluta certeza de que, logo mais,  Mário, meu pai e os amigos dele, após o joguinho de pôquer , vão comer um macarrão  na filial do Forcheta no Céu.  E os vizinhos de mesa vão achar que estão no inferno dos decibéis; entretanto  todos irão se divertir muito e, o principal, ninguém vai brigar com ninguém por causa de política.  Ainda em relação ao barulho, torço para que os fregueses das outras mesas sejam generosos  e pacientes como a  família que jantou sob a mais  pavorosa trilha sonora naquele domingo  de 1989.

ITAQUERÃO! EITA PRESENTÃO!

Manchete da Folha de Hoje: “Itaquerão foi presente para Lula, diz Emílio Odebrechet”. Ainda não li, mas lá vai episódio engraçado, em outra ordem de grandeza, naturalmente.

Há alguns anos, no meu aniversário,  uma mesa bem produzida com um  balde de gelo de prata de uns cinquenta centímetros de diâmetro e outros cinquenta de altura, cheio de garrafas de cerveja geladíssimas.  Uma beleza.

Minhas duas irmãs:

– Paulo, mas que balde lindo, quem te deu?

Eu:

– Ora,  um presente desses só duas pessoas poderiam ter me dado: meu pai ou uma amante.  Foi meu pai.

Imagine se um amigo meu deixaria na portaria do meu prédio com um bilhetinho assim:  Paulo, tava no Shopping e me lembrei de você.

Esquisito não é mesmo?

Pois bem,  um Estádio de Presente!!! Acho que seriam necessários mil casais de Bill(s) Gates (s) com Gisele (s) Bundchen (s) para terem tal fôlego.

Mas, como se sabe, no Brasil, sobretudo nesse setor Empreiteiras/Poder Público, tudo é possível.

Êta mundo tão desigual, como diz música do Gil:  um balde de gelo pra mim e um Estádio para o Lula!

Como deixei claro acima, ainda não li nem o que está na primeira página, mas cabe frase de experiente amigo e contemporâneo do meu pai na Faculdade de Direito, Renato Amaral Sampaio Coelho:

– A Iniciativa Privada tem mais de Privada do que de Iniciativa.

Dá pra discordar?

Ah, Então Não Quero!!!

Notícia em Portal da Internet:  “Lula Pode Ser Ministro, Mas sem Foro, diz Janot”

Isso lembra piadinha.  Lá vai.

Mulher muito gostosa, e objeto do desejo de todos os conhecidos,  diz pro sujeito que transaria com ele, mas que ele não contasse para ninguém.

O cara responde:

– Então não quero.  Legal é contar!!!

No caso,  Lula foi Presidente duas vezes, alguém acha que ele quer ser ministro só por ser ministro???  Como se diz popularmente, passar de cavalo a burro!!! Lógico que não vai querer Ministério algum.

Sapos da Política

Sem rigor científico, apenas forçando pela memória, tenho observado que vários candidatos do Primeiro Turno de Eleições  Presidenciais, aqui do Brasil,  que se julgam de esquerda, no segundo turno apoiam quase sempre o que há de mais à direita.  Talvez a única exceção tenha sido Leonel Brizola ao ficar com Lula, um sapo barbudo, segundo palavras do próprio Brizola.  Segundo palavras, mas palavras do primeiro turno são umas e do segundo,  outras, como se cansou de ver nas eleições presidenciais.

Aliás frase minha, a propósito do sapo barbudo, digo, do Brizola apoiar Lula.   Até as as segundas aspas é domínio público, o complemento é meu.  “Política é a arte de engolir sapos”, com cara de quem está saboreando Lagosta.

Collor e Lula – Episódio Paralelo Divertido

O jogo de pôquer bartatinho de todos os domingos à tarde na casa do meu pai com os amigos dele sempre terminava com uma Pizza no Camelo  ou uma massa no Forcheta D´Oro da Gabriel Monteiro da Silva.

Naquele domingo, eleição Collor x Lula.

Passei na casa do meu pai para acompanhá-los  no Jantar no Forcheta.  Entre eles,  um ou dois favoráveis ao Collor e os outros partidários do Lula.  Começou animada discussão.  Antes de irmos para o Restaurante, meu pai propõe que não se falasse de política a fim de não incomodarmos os outros frequentadores.  Todos concordamos.

No Estacionamento, o  Mercedes ou o Jaguar  do nosso amigo Mário Ferman,  também frequentador assíduo do Forcheta; o carro,  coberto de Cartazes do Collor.  Diga-se de passagem; àquela altura  todas  pesquisas de boca de urna já indicavam a vitória de Collor.

Eu e meu pai pensamos: ferrou.  Ao entrarmos, Mário, com seu forte sotaque pernambucano  já foi logo comemorando.

– Perderam!!!  O Lula Perdeu!!!

E não parou mais de falar e comemorar a vitória de Collor  em voz alta, voz muito alta.

Recapitulando, a preocupação de meu pai era de que não incomodássemos os outros clientes do restaurante.

Quarenta minutos depois que chegamos, algazarra contínua do Ferman,  discreto casal, com a filha e a neta, sai da sala vizinha do restaurante.  O homem para em frente da nossa mesa e, com toda a classe  do mundo, diz:

– Espero que os senhores tenham um bom Jantar.

O que ele queria ter dito mesmo era:

-Espero que tenham um bom jantar, coisa que vocês não me permitiram.

Candidatos, Lembrem-se do Sapo Barbudo que o Brizola Engoliu

Parece que os principais candidatos a Presidente já estão se pegando.  Não entendo coisa alguma de política, mas lembro-me bem que Brizola chamou o Lula de Sapo Barbudo  em  eleição que ambos disputaram para  Presidente.  Pois bem, segundo turno, Brizola não pagou “placê” * e acabou apoiando  Lula.

Assim, é mais prudente que os candidatos de agora  se contenham, embora a plateia (agora sem acento,inferno) queira ver o circo pegar fogo.

Sobre  Lula x Brizola, frase minha a partir de outra de domínio público:

“Política é a arte de engolir sapos”, com cara de quem está saboreando lagosta.

Talvez na cabeça/paladar  de Brizola, Lula tenha feito a barba, escanhoado bem o rosto,  tornando-se  quitute gostoso tal qual Lagosta.

Lição complicada essa com sapos, barbas, lagosta, mas,  convém que os candidatos aprendendam  direitinho, porque chamada oral, digo, segundo turno tá logo ali…

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* pagar placê – termo de corrida de cavalos – é  chegar  entre os dois primeiros e paga uma graninha ao apostador.

Lula, as Metáforas de Sempre, Antas, Raposas e Galinhas

Ouvi no rádio que o ex-presidente Lula, em artigo no New York Times, teria comentado a respeito da série de manifestações dessas últimas semanas. Para ele, a sociedade se tornou digital e os políticos mantêm-se analógicos.

Analógicos??? Eu diria Arqueológicos, para não dizer “AntAlógicos”!!! E coloco esse tênue adjetivo, o primeiro, porque sou camarada; quanto ao segundo, talvez por ser ingênuo, já que de anta, eles não têm nada. Estão muito mais para raposas. E nós, as galinhas…!!!