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Celular, Além de Tudo, Coisa Imunda, Como Sempre Imaginei e Falei. Agora, é a Ciência Comprovando

Sempre, sempre, falei que além de detestar celular e o que ele fez com o mundo e as pessoas, o aparelho deveria ser coisa híper-ultra contaminada.  Hoje,  o Colunista Ruy Castro, que, como eu,  também não tem celular, na Folha de São Paulo, mostra que a coisa é muito pior do que se possa imaginar.

Igualmente, sempre  achei estúpida  a obsessão  de  gente que vai pra mesa, quer de restaurante quer quando me visita,  e tucha o celular ao lado do prato.  É porco, anti-higiênico.

Veja o artigo de Ruy Castro, que tem  divertido título:

Estafilococos ao desamparo.

O departamento de microbiologia da Universidade de Barcelona, na Espanha, informa que o celular que você acabou de levar à boca ou à orelha pode conter 23 mil fungos e bactérias. Isso significa, dizem eles, 30 vezes o número de micro-organismos encontrados numa maçaneta de porta ou num botão de descarga de banheiro de botequim –não por acaso, sítios que também vivem em contato com o veículo mais comprometido do planeta: a mão humana. Aquela que nem você sabe onde põe.

Entre os micro-organismos que infestam os celulares estão os enterococcus, os escherichia coli, os bacillus mycoides, os staphylococcus aureus e outros que deixo de citar por, em estudante, ter matado aulas de biologia e latim. É claro que a mão não é a única culpada. Todos os lugares que os celulares frequentam, como tampas de mesas, pias de cozinha e até o bolso da sua calça, são um flamejante criadouro.

Para os cientistas, diante da impossibilidade de o usuário viver desinfetando o celular, só há uma solução: lavar as mãos antes e depois de usar o aparelho. O que também é problemático, considerando-se que as pessoas não se desgrudam dele e o consultam 80 vezes por dia. Aliás, é chocante constatar que um celular pessoal, mesmo que seu titular não o empreste a ninguém, pode ser mais infectado do que um telefone de orelhão –pelo simples fato de que você não passava o dia pendurado no orelhão.

Consultei a Anatel e descobri que há hoje 241 milhões de celulares em uso no Brasil. Multiplicando esse número pelo de bactérias per capita, 23 mil, chegaremos a um universo de 5 trilhões e 543 bilhões de microbicharocos saçaricando alegremente nos nossos celulares.

Nossos, não. Como sabem alguns, sou dos poucos brasileiros que não têm e não usam celular e, por minha causa, deve haver milhões de estafilococos ao desamparo.

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Viram?  O que sempre falei, a ciência mais que provou.