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Barbárie Escatológica

Algumas horas atrás.  Na mesma calçada que eu, em sentido oposto, conhecido e a mãe.

O cara, sem o mais ínfimo constrangimento, assoa o nariz com a mão.

Automaticamente, atravesso a rua.  Vai que o elemento resolva me cumprimentar com afetuoso abraço…

Em tempo, o irmão do sujeito é dramaturgo de imenso prestígio e muito bem remunerado.

Não se assuste.  Dos maiores esportistas do Planeta e o 2º homem  mais importante no Brasil  de gigante multinacional de alimento também dispensam lenços nessas ocasiões.  Se quiser ler sobre isso, clique aqui.  Entretanto, prepara-se, a coisa é feia, chega à escatologia, a instauração da barbárie.  Observe-se que escrevi esse texto há mais de 10 anos.  Considerando-se que o bom não melhora, mas o que é ruim sempre pode piorar, é melhor terminar por aqui!

Barbárie Instaurada! E que se Danem seus Direitos Fundamentais!

Lembra-se, você aprendeu que substantivo abstrato era algo que  não se  pode ver, nem tocar? Pois bem,  hoje cachorros do meu prédio latiram compulsivamente por  cerca de uma  hora seguida.  Então, dei-me conta de que FALTA DE  EDUCAÇÃO,  muitas e muitas vezes,  é” SUBSTANTIVO”  ABSTRATO AO QUADRADO.  Entretanto, há um grave paradoxo : a FALTA DE EDUCAÇÃO da maioria é algo MUITO  CONCRETO,  pesa toneladas e  esmaga os direitos mais fundamentais do cidadão, como o direito ao sossego.

Acho que defino bem a coisa.  Seus pais e os meus nos ensinaram   ” meu filho, sua liberdade vai até onde começa o direito do próximo”.  Pois atualmente isso foi subvertido  completamente – a liberdade dos búfalos (sujeitos grosseiros – sem qualquer ofensa aos búfalos de quatro patas) é ilimitada,  e o cidadão  vai cada vez mais  vendo seus direitos fundamentais estraçalhados.

Hoje,  foi uma hora de sinfonia de latidos.  Há cerca de seis meses,  elemento,  que tomava leite na padaria, não teve dúvida.  Despejou um pouco no pratinho onde havia comido pão e deu para o cachorro lamber.  No lugar do dono da padaria, que presenciou a cena, teria pegado o pratinho jogado no chão e cobraria R$ 50,00 do vândalo.   Se o cara protestasse,  chamaria o segurança e argumentaria:

– Sem problemas.  Eu fico com a chave do seu carro,  você vai comprar um pratinho idêntico e traz aqui.  Na volta, ainda vai pagar o estacionamento.

Os búfalos só entendem quando lhes afetam seu único órgão sensível: o Bolso.

Há texto meu legal sobre essa barbárie que vem se instaurando   de maneira espetacular.  Título já é sugestivo: Educação Formal/Educação Informal.  Quiser ler, clique

Sempre ELE…

Gosto de assistir a jogo de futebol sozinho ou com quem quer, de fato, ver e ouvir o jogo.  Ontem, minha namorada queria encontrar amigos no bar em frente de casa.  Fomos.  Pois não é que um imbecil  ficou até os 35 minutos do primeiro tempo, do jogo Brasil e Colômbia,  de pé,  no meio do salão batendo papo ao celular.

Frase de domínio público “adaptada” por mim: “a natureza limitou a inteligência”, mas não a barbárie e a imbecilidade.

Reiterando, continuo achando inferno bares e restaurantes  com televisão, só fui  porque não queria impingir o jogo à minha namorada em casa.  Em tempo, ela  ficou batendo papo com amigas na varanda do bar.

Cachorros Sentados às Mesas de Buteco – Era o que Faltava. Não falta mais.

Há cerca de dois anos, em uma mesma semana, pelas ladeirentas ruas de Perdizes, vi dois carrinhos de bebês,  sem bebês dentro, mas com cachorros.  De vez em quando, ainda vejo a mesma cena.

Até aí,  os desinfelizes  são apenas desinfelizes e podem exercer o direito de carregar cachorros dentro de carrinhos.  Aliás, até prefiro, já que cães pelas ruas é praga inevitável, sobretudo em Higienópolis.  Entretanto,  o que tenho visto em simpático bar, a cerca  de cinquenta metros da meu prédio, já passa a ser absurdo de tão abusivo.   As mesas mais agradáveis desse bar estão, regularmente, colocadas sobre a calçada.  Pois não é que frequentemente  se veem negos, sem a mais mínima noção de educação e higiene, que botam os cachorros para se sentarem  nas cadeiras, de modo que ficam com o focinho, bocas e pelos sobre a mesa.

Um ano atrás, na Padaria da região,  um energúmeno não pensou duas vezes:  pegou o pratinho em que viera o sanduíche,  derramou café com leite e deu para o cachorro lamber.

O dono da padaria viu, não falou nada.  Fosse eu,  teria arrancado o prato em direção à boca do animal (do animal de quatro patas),  tacaria no chão.  E mais,  na hora em que o sujeito fosse pagar a conta, cobraria o pratinho.  Aliás, cobraria preço bem salgado.   Se o cara reclamasse, chamaria a polícia.  Como diz a garotada, simples assim.

Bem, mas comerciantes são políticos, curioso é que são políticos/delicados   com os búfalos (negos sem educação – não vai aí ofensa alguma aos búfalos propriamente ditos).  O certo, ao invés   de ser político,  seria fazer o que eu faria em consideração aos outros clientes.

Bordão do Trombone:  você pode imaginar pessoas com a Educação das Famílias Reais da Europa, para cima disso é impossível.  Já a falta de Educação/Barbárie, essas, não têm limites.

Caminhando 1 e 2 – Episódio engraçado e a Barbárie de Sempre.

Caminhando pelas ladeirentas  ruas de Higienópolis, um dos três garotos adolescentes que estavam atrás de mim diz:

– Sexo anal.

Sem voz definida, estranhei e julguei que se tratasse de meninas.  Seria de se estranhar se fossem mulheres a falar naquele volume sobre o tema.

Imediatamente, lembrei-me de companheira de estadia em Bournemouth, Inglaterra.  Menina liberada/descolada que estudava no, então, recém inaugurado,  colégio Equipe, e que, de certa forma, me influenciou para que eu cursasse o terceiro colegial lá, sempre que era contrariada por alguma mulher, dizia:

– Eu, mandar essa aí tomar no … . Tá louco!!! Jamais vou dar uma dica boa dessas para uma filha da pu.. dessas!!!

Hoje, contei para os meninos a História e eles se divertiram.

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Caminhando 2

Amigo meu, dono do melhor açougue das Perdizes, estava na Porta conversando com um freguês.  Não parei para não interromper a conversa.  Nisso o cara que conversava com meu amigo, saca o celular e diz em voz alta, como todos que falam ao celular fazem:

– Estou aqui com o João…

Definitivamente, eu e essa “educação” (digo, falta de educação) de hoje não nos entrosamos.

Como digo sempre, meu querido e saudoso irmão Beto não iria conseguir sobreviver a tanta barbárie.  Eu mesmo  talvez só consiga porque  me possibilita escrever a respeito.  Corrigindo, me fornece material que não acaba mais; mesmo assim, é difícil de suportar.

 

Barbárie!!!

Na Padaria, casal gay amarra o cachorro, do tamanho de um bezerro, na entrada, rente à calçada;  com longa coleira, é lógico;  os rapazes  não haveriam  de  toler  a liberdade do animalzinho, não é mesmo???

Passa casal tradicional – homem/mulher –  com  filho e  filha de 3, 4 anos.

O cachorro salta em direção às crianças e começa a latir.  As crianças, óbvio, choram copiosamente.   A mãe, óbvio 2, reclama.

Pois você acredita que os gays  ainda ficaram bravos ?  Argumentaram que o cachorro nem mordeu as crianças.  Disse um deles:

– Logo de amanhã e ter que aguentar isso?

Será que os dois vão levar o  “filhão” amanhã à   Parada Gay?

Comento com a moça do caixa, que assistiu a tudo.

Ele me conta que sua filha, quando tinha a mesma idade daquelas duas crianças, caminhava pela calçada; Cachorro   Rottweiller meteu a cabeça entre as grades do portão e arrancou pedaço das costas da criança, que foi obrigada a fazer  enxerto!!!

O mundo se transformou nisso: todo direito garantido aos cães e seus caninos  donos;   crianças e pais que calem a Boca; quando for o caso, que façam enxerto em  corpos dilacerados!!!

 

“Cercado de Estresse Por Todos os Lados”*

No meio da manhã, comentava com um amigo que não aguento mais, entre todos os estresses que me acometem, o estresse pelo excesso de tecnologia, senhas, cartões disso, cartões daquilo, entre outros infernos.

Irônico, meu amigo sugeriu-me algo como, não me recordo bem,  mudar-me para algum afluente da margem esquerda do Rio Amazonas (margem esquerda é mais longe de S. Paulo que margem direita), ou até mesmo mudar de Planeta.

Pois bem, recomendaram-me que assistisse uma palestra sobre Fundos de Investimentos em TV via Internet (é assim que se chama???).  Aplicado que sou,  dez minutos antes,  acionei a coisa.  No horário em que era para começar, não começava.  Quando começou,  o som fazia um eco do outro mundo.  Uma pena porque o que falavam os quatro palestrantes ( o eco os transformou em oito palestrantes) parecia muito bom.  Infelizmente, não dá para tampar o ouvido que ouve o eco e ficar escutando só com o ouvido que ouve a fala que causa o eco.

Desliguei e agora escrevo a respeito.

* Em tempo, cercado por todos os lados  é um pleonasmo.  Nesse exato momento,  uma sirene toca e não consigo continuar meu raciocínio.  Tinha algo interessante para contar sobre cercado por todos os lados.  Aliás,  meu almoço foi acompanhado por britadeira e marretas da vizinha de prédio que está trocando o piso da área de Serviço.  E a sirene continua e eu não consigo me lembrar do que queria dizer sobre cercado por todos os lados menos por um.

Sirene:  o que adianta o cara ligar a sirene e não desligar se ele está preso no trânsito???

Dá para parodiar a música:  Tristeza não tem fim/Felicidade, sim.

Ficaria assim:  Estresse não tem fim/ Sossego, sim!!!

É a barbárie!!!

Quiser ouvir a música e continuar a Paródia. Eu apenas “plagiei” o título.  Clique e ouça

Búfalos Precisam de Cabrestos

As populações vão se concentrando nos grandes centros, tornando os espaços cada vez menores. Se mais gente precisa conviver em menos área, é fundamental que todos tenham noções de limites. É a velha história da qual certamente os jovens nunca ouviram falar e a grande maioria dos não tão jovens já deve ter esquecido: a liberdade de cada um vai até onde começa o direito do próximo. Para alguns de nós, nenhuma novidade.

Mas o que vem acontecendo é justamente o contrário. Os sem educação, Búfalos como eu chamo, têm a mais cristalina certeza de que a liberdade deles é ilimitada, o outro que fique resignado de ter seu direito violentamente invadido.

Nesse exato momento, a loja de som para automóveis embaixo do meu escritório está com o Som no último volume: música sertanojo mas com aquele contrabaixo que faz tremer os vidros dos prédios em volta.

Se alguém for reclamar, é capaz de ouvir do dono da Loja que ele está trabalhando. Ora, ele que teste quantos equipamentos de som quiser, na altura que seus tímpanos agüentarem, mas com fones de ouvidos, naturalmente. Ele não pode incomodar toda a vizinhança.

Hoje mesmo presenciei cena fabulosa. Um pedestre, com uma criança no colo que chorava muito, estava na calçada em frente ao estacionamento da padaria. Nisso vem uma desses Peruas Jeeps, com vidros nigérrrimos, como de praxe, e, em velocidade, enfia o carro em cima do pedestre. O pedestre deu um pulo. Caso não tivesse feito isso, ele e o filho seriam atropelados violentamente na calçada. O pedestre fez um gesto levantando a mão. A mulher perua que saia da perua ainda reclamou alto:

– Fica aí parado no meio da calçada e o que é que tá reclamando!!!

O sujeito, certamente não querendo expor o filho de colo a situação constrangedora, foi-se embora em silêncio. Fosse o pedestre um cara esquentado e o búfalo do volante, sujeito que não admite ser contrariado, a coisa terminaria em violência brava.

Está mais do que na hora de o governo ficar atento para o quanto esse vandalismo, essa barbárie, já se tornaram corriqueiros e começar a promover campanhas através de todos os meios a esse respeito. Eventualmente até criar leis/ normas/portarias para coisas tão óbvias.

É lógico que daqui para frente só vai piorar. O Desarmamento foi derrotado no plebiscito. Situações desse tipo temperadas com armas de fogo…

Em tempo, meu caro amigo Zé Vaidergorn, leitor assíduo do Boca, disse que sou muito injusto quando chamo esses vândalos de búfalos, que são dóceis. Concordo inteiramente com ele!!! Sou mesmo imensamente injusto com os búfalos animais – os animais de quatro patas, bem entendido!!!