Facebook, 5.000 amigos; velório, nenhuma viva alma!
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Tenho andado um pouco ausente, mas tô escrevendo muito. Uma hora, posto alguns textos novos. Agradeço aos fiéis leitores.
Facebook, 5.000 amigos; velório, nenhuma viva alma!
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Tenho andado um pouco ausente, mas tô escrevendo muito. Uma hora, posto alguns textos novos. Agradeço aos fiéis leitores.
Teoria de domínio público diz que barco, amante e casa de praia dão duas alegrias para o sujeito: quando arranja e quando larga.
Amigos de facebook não creio que provoquem alegria quando passam a fazer parte da sua rede. Agora, alguns deles quando você os excluí…, QUE FELICIDADE!
Algum intelectual gozador falou: jamais fiz amigos tomando leite.
Pois eu digo que conheci excelentes pessoas na padaria ao lado de casa de manhã, tomando café com leite e comendo pão com manteiga.
Aliás, hoje nos encontramos no começo da noite: para tomar cerveja, lógico!!!
Recebi pelo Facebook. Abaixo, meus comentários
E eu digo mais. Estou aberto a qualquer tipo de crítica, desde que a SÓS E CARA A CARA. Tanto de amigos, quanto de pessoas que conheço pouco.
Falar pelas costas, falar meias palavras/meias verdades pelas costas, lançar insinuações pelas costas é coisa indigna e covarde.
E eu ficaria muito feliz se não fosse mais vítima desse tipo de coisa, não digo dos amigos, pq amigo não faz isso.
Mas não quero esse tipo de postura de quem quer que seja.
Não gostou de atitude minha, vem e me fala na hora. A vida tá corrida, não deu tempo de falar na hora, telefona e fala ou deixa recado na secretária que ligo de volta e discutimos o assunto por telefone Pode escrever email, que também respondo, tratando de esclarecer.
Agora, lançar insinuações pelas costas, ficar me queimando com meus amigos e conhecidos pelas costas é absolutamente indigno e repugnante!!!
Outra coisa, tem gente que te queima para todo mundo, depois, bem escondidinho, pede desculpas. É uma espécie de esperteza à moda Gérson, os mais jovens não conheceram a lei do Gérson de sempre levar vantagem.
Corrigindo1, nem mesmo é à moda Gérson pq a lei de Gérson falava só em levar vantagem, mas não prejudicar quem quer que fosse.
Corrigindo2, fui buscar exemplo na História, no Gérson, mas nem era preciso, o próprio texto diz isso: Se não for assim, não é amigo, é hipócrita!!!
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Esclarecimento, não sei quem é a personagem/ator da foto!!!
Piada clássica. Sujeito ia sempre ao bar tomar cerveja com os amigos. Era só cerveja e bate0-papo. A mulher reclamava e combinaram que na próxima sexta-feira, ela faria bons salgadinhos, deixaria cervejas bem geladas e os dois beberiam em casa. O cara avisa os amigos que na próxima sexta, ficaria em casa com a mulher para tomarem cerveja juntos. E no sábado, estava tudo excelente: cerveja na temperatura perfeita, salgadinhos deliciosos. Mas o cara não se aguenta e diz que vai comprara cigarros. Vai correndo ao encontro dos amigos. Eles perguntam se não estava legal. O cara diz que estava tudo delicioso, mas conclui:
– Acontece que tomar cerveja em casa com a mulher é pior do que tomar purgante.
O quadrinho abaixo, enviado pelo fiel leitor Júnior Bataglini, também vem bem a propósito. Quadrinho e piada se complementam de forma perfeita. Clique em cima da imagem para ler com mais facilidade.
Vai entender!!!
Na madrugada da última segunda-feira, aos 93 anos, após mais de um ano e meio de batalha pela vida, meu pai deixou este mundo. A Missa de Sétimo dia será segunda-feira, dia 16, às 20 horas, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, R. Honório Líbero, N.100 – Jardim Paulistano, São Paulo, Próximo ao cruzamento da Faria Lima e Rebouças. Como escrevi em email comunicando os mais próximos, basta que peçam na hora da missa que o meu caminho e o dele sejam sempre iluminados e tranquilos.
É bom nessas horas lembrar-se de coisas divertidas de quem parte. E meu pai tinha muitas.
Vou começar por algumas frases dele.
Depois, duas crônicas minhas e, para terminar, belíssimo Poema da querida Roberta Estrela D´Alva, que ela leu ontem na abertura do Zap e dedicou à memória do meu paizito.
As frases dele; curioso, que bem a primeira é sobre velório.
As frases acabaram-se.
Agora os episódios que são o retrato escrito dele, pintado/digitado por este escriba, que tão bem o conhecia.
Episódio 1: Hiram, Édipo e Genoefa
Os amigos do meu pai dos tempos de São Francisco o definiam assim:
– O Hiram entra no restaurante e já vai logo pedindo, de uma só vez, filé bem passado com fritas, coca-cola, pudim de caramelo de sobremesa e troco para 10 mil Réis.
Quando eu ainda morava com ele, chego em casa e ele me diz:
– Paulo, o Mário ligou e disse que o pai do Fábio morreu.
Eu perguntei onde era o velório. Meu pai disse que o Mário não falou nada sobre velório. Ligo pro Mário e pergunto se ele estava a fim de me encher para deixar um recado que o pai do Fábio morreu e não informar onde era o velório.
O Mário reproduz para mim o diálogo com meu pai:
– Dr. Hiram, tudo bem? O Paulo está?
– Não, o Paulo não está!!!
– O senhor diz para ele que o Pai do Fábio morreu.
– Tá bom, eu digo!!!
– Mas dr. Hiram….
– Já entendi, o pai do Fábio Morreu
– Mas dr. Hiram…..
– Mário, eu não sou burro. O pai do Fábio morreu. Tchau!!!
E bateu o telefone (meu pai é muito educado; a aflição, entretanto, é infinitamente maior…)
Faz uns 25 anos que não moro mais com ele. Ou seja, isso se passou um quarto de século atrás. Imaginem, pois, como está o homem hoje, aos 86 para 87 anos de Idade!!!!
Esqueci de falar, talvez tenha ficado ansioso por osmose – o teclado por estar escrevendo sobre meu pai me passou ansiedade – meu pai é um sujeito brilhante, muito inteligente, lê bastante e usa o computador como um garoto de quinze anos.
Genoefa é a versão feminina e bem mais jovem do meu pai. Eu a conheci – há uns três anos – na entrada dos cines Belas Artes. Eu ia a um filme e ela, a outro. Trocamos meia dúzia de palavras. Na saída, eu devo tê-la impressionado muitississississimo mesmo porque ela estava me esperando. Genoefa e meu pai não são de esperar!!! Coisa alguma, pessoa alguma!!!! A aflição os mata a ambos. São daquele tipo de pessoas que se jactam de fazer no mínimo três coisas ao mesmo tempo. Eu, ao contrário, fiz foi uma frase sobre isso:
Duas coisas fáceis ao mesmo tempo tornam-se difíceis e uma delas sai errado.
Outra coisa em comum – essa muito favoráveis aos dois, pois prova que são de muito bom gosto:
Eles têm uma “obsessão obsessiva” por mim!!!!
Parece divertido, né???? Mas queria ver qualquer outro no meu lugar !!!
Liás (sem aspas) Genoefa acabou de telefonar neste exato instante em que eu escrevia esse parágrafo – não tinha novidades, mas ficou 15 minutos falando!!!
Tivemos um namoro rápido e uma amizade colorida (essas coisas não terminam, né???).
O dia em que a Psiquiatria/Psicanálise descobrir meu pai, a Genoefa e eu, seremos colocados em uma espécie de carro forte de banco para que nada nos aconteça até que seja estudado exaustivamente o fenômeno que me acometeu:
Envolver-me – não com uma mulher que lembre minha mãe – mas com uma que é meu pai terminado.
Eu sou um Édipo Viado!!!!!!!!
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Episódio 2 – EDMUNDO
De 21.09.06
Segunda-feira, há alguns anos, por volta das 13 horas.
No Domingo, o Edmundo fora expulso com toda a pompa que seu nome requer. Muitas pernadas pra todo lado, um monte de polícia pra retirá-lo do campo, mais tentativas de pernadas nos policiais e assim por diante. Não tenho nada contra esportistas irreverentes, audaciosos e temperamentais. Pelo contrário, sou fã do John McEnroe, Nélson Piquet, entre outros. Também admiro esportistas bem comportados, é verdade. Aliás, faço restrição a poucas celebridades. Jogador de futebol, propriamente dito, só me lembro de um que realmente não agüento. Um dia posso escrever alguns episódios sobre ele.
Voltando ao Edmundo e àquela segunda-feira.
Estava com meu pai em um super-mercado de porte médio. Meu pai foi pagar as contas dele em um caixa e eu estava no caixa diametralmente Oposto. Meu pai é um homem de 85 anos, de ótima cabeça e das pessoas mais educadas do mundo. Fala muito alto, como todo velho, é verdade. Apesar de extremamente educado e tratar os humildes com imensa consideração (aliás, trata bem todo mundo), vira uma verdadeira fera se é alvo de qualquer arrogância e ou estupidez. E parece que arrogância e estupidez eram os grandes atributos do gerente que foi atendê-lo.
Pois bem, meu pai não deixou barato. Com toda a razão, começou a gritar e a esbravejar com o tal gerente.
A moça do Caixa que estava me atendendo falou rindo para todos à sua volta:
– Ih gente, olha lá o Pai do Edmundo!!!!!!
Peguei meu troco às gargalhadas com a definição da mulher. Sem dizer nada, evidentemente.
Meu pai se diverte até hoje contando essa história para todo mundo. Eu, por minha vez, ganhei um irmão famoso!!!!
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Para terminar, o Deslumbrante Poema da Deslumbrante Roberta Estrela D´Alva que ela leu ontem no Zap e dedicou ao meu Pai.
Dança da morte –
Roberta Estrela D’Alva
Boom , e acabou
ou começou
o que restou
o que ficou
dor que chegou
dor que findou
roda girou
vento levou
a vela apagou
a chama ascendeu
a voz se calou
o corpo desceu
a saudade no peito não para, não cala , não sara
insiste não quer parar.
mas já sabíamos desde o começo
que essa vida é curta e tem seu preço
e o que vem depois eu desconheço
embora soubesse o fim já desde o berço
que a cada minuto, a cada segundo,
a cada palavra, a cada oração
caminhamos direta e inexoravelmente nessa direção
e são tantas histórias
e são tantas feridas
e são de saudade
as lágrimas quentes agora vertidas
injustiças, inverdades, cometidas e ditas
pela não compreensão
da eternidade, da imortalidade
pela falta de fé e ilusão
pois o retorno é inevitável
são só dois lados do mesmo som
morte e vida , vida e morte
matérias primas de toda criação
a carne se desfaz mas o espírito não
o flow da vida segue, o beat não para, só coração
a carne se desfaz mas o espírito não
o flow da vida segue, o beat não para, nem o coração!
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Que ele esteja bem lá no Céu e descanse de tanta correria aqui na Terra!!!
Beijo, Paizito Querido.
Fique com Deus, com seus amigos, nossa família, mas dá sossego pra todo mundo aí cima, viu???
O passar do tempo, a falta de tempo, a cidade grande afastam os amigos e aproximam você de conhecidos, bons conhecidos, é verdade; porém, conhecidos.
Alguns amigos antigos e meu pai lêem o que eu escrevo aqui. Meu pai lê sempre; os amigos, esporadicamente. Curioso que alguns leitores do Boca foram se tornando freqüentes nos comentários e troca de emails.
E tem o Fernando Pawlow.
Blogueiro, estudante de Letras em Minas Gerais, ele queria se comunicar comigo e não tinha outro meio a não ser através de comentário aqui no Boca. Escreveu um comentário, pediu que eu lesse, respondesse para seu email e que não publicasse o que ele havia me escrito. Cumpri o combinado; e Fernando virou amigo. Não comenta com freqüência no Blog, entretanto, trocamos emails regularmente e até telefonemas. Domingo mesmo conversamos. Ele gosta dos casos que conto aqui, principalmente os que envolvem políticos e jornalistas. Não costumo por os nomes dos personagens, mas o Fernando acerta sempre na mosca. Aliás, o comentário misterioso que pediu para eu não publicar era exatamente sobre figuras relativamente conhecidas no mundo das comunicações. Ele matou os nomes dos dois envolvidos.
Fernando, inclusive, propôs que eu publicasse mais casos. Já tenho no Blog uma categoria intitulada Casos. Por conta da sugestão dele, vou reativar os casos; para retomar, escrevi episódios divertidos de uma famosa jornalista aqui de S. Paulo. Ela leu, sugeriu ligeira modificação, absolutamente justa. Já acertei esse detalhe, mas ainda não mandei para ela. Se quiser ler os casos já publicados, clique aqui O primeiro que aparece (do beijinho) é bonito. Os outros também são interessantes.
Bem, melhor do que eu falar do Fernando, é você conhecer o site do Fernando – FERNANDO PAWLLOW-CADERNOS – Clique aqui. Comece lendo, o texto predileto do Fernando – DIA DOS MORTOS NO BONFIM – sensível Crônica a respeito de tradicional cemitério de Belo Horizonte. Clique aqui. Se gostar, adicione aos favoritos e mande para os amigos. Se alguém pensou que ia fazer a gracinha manjada do se não gostar…, enganou-se; mesmo porque você vai gostar.
Atencioso com minha imagem/reputação, Fermando me mandou email dizendo que eu podia explicar que, embora tenhamos esse vínculo, não quer dizer que eu compartilhe de suas convicções políticas.
Sucesso!!! Fernando, que o seu CADERNOS torne(m)-se mais lido(s) que os Primeiros Cadernos dos jornais da Grande Imprensa!!!